Que a primavera nos traga luz e esperança.

Sempre, na segunda quinzena de agosto, começo a pensar: é hora de ouvir Beto Guedes... "quando entrar setembro, e a boa nova andar nos campos"...

Quero, nessa primavera, acreditar na vida. Voltar a acreditar nela, na força da justiça, no brilho dos olhares sem malícia, mas no brilho puro, amoroso, das pessoas que acreditam que possam se compreender, se respeitar, se corresponder, se admirar.

Quero fazer um enorme esforço para acreditar no meu país, que as pessoas possam viver sem odiar, sem odiar tanto, e que possam ter um pouco, um mínino, quem sabe, de empatia, de alteridade.

Que possam ter vergonha na cara e que as bochechas fiquem vermelhas ao perceberem que o fundo do poço foi provocado mas que podemos sair dele.

Quero a esperança vibrante e colorida de ver o meu Presidente Lula solto, livre e com a sua inocência declarada, calando os odientos que se locupletaram no seu claustro.

Quero beleza, esperança, que a amargura se acomode para dormir por um bom tempo, calada na sua escuridão e sordidez.

Que a mentira se esconda na sua solidão, trágica solidão.

Que os pássaros e flores possam se assoberbar da beleza da vida.

Que haja vida em abundância! Que haja crença no Deus bendido (que prefiro chamar de Deusa, no seu monumental amor). Que haja luz... e esperança.

Vera Moratta
Enviado por Vera Moratta em 01/09/2019
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