olhares de ternura, braços acolhedores e palavras mais doces

Às vezes o coração aperta e a gente nem sabe porquê. Certo é, e já comentei uma vez, que algumas pessoas tem a capacidade de lhe devolver a paz com uma simples mensagem, mas o contrário também acontece e nem sempre temos o controle das nossas emoções.

Peguei o telefone e vi um amigo compartilhando uma notícia triste, entre tantas que por aí vemos, e supliquei: conte-me uma coisa boa e me abraça. Eu to tentando manter ativo o bem que me fiz, passando a noite na natureza no último sábado.

Logo eu que encontro paz até dentro de uma música, já ouvi sangue latino três vezes seguidas e ainda to buscando olhares de ternura, braços acolhedores e palavras mais doces. Por hora preciso decidir se abro os olhos pela manhã enquanto tomo o café, ou se sigo a deliciosa mania de me enganar.

Lembrei do meu pai repetindo que se o coração aperta, é sinal que tenho um. Talvez eu devesse falar sobre aquilo que eu não senti no final de semana, mas foi tão estranha a sensação da indiferença que vou deixar que ela, também, morra por lá.

Enfim, tenho cá minhas rotas de fuga. Por sorte, há tanto amor em mim, que todas essas querelas precisarão de muita força para triunfar nesse peito. Mesmo sabendo exatamente em quais braços ele deseja se abrigar.

#TextoDeQuinta

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 24/10/2019
Reeditado em 24/10/2019
Código do texto: T6778077
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