CONTO DE UMA TARDE FRIA

CONTO DE UMA TARDE FRIA

...

....-Pela janela da rua,olhava para o vazio do asfalto úmido pela garoa fria de uma tarde de agosto.

Um vento frio balançou os galhos das árvores que no verão serviam de sombra aos transeuntes.

Nem as aves voavam pelas árvores que como nau errantes balançando na ação do vento,como

Se somente elas queriam dar movimento a rua fria e vazia.

Depois de passar alguns minutos fitando o tempo,reparei (através do vidro) uma flor branca que rolava murcha pelo asfalto gélido.

Passei a imaginar de onde teria vindo,pois,não era das redondezas,ai não existia tal espécie disto tinha certeza,moro lá à mais de trinta anos e nunca tinha por ali notado florinha tão singela .Quem há apanhara e de onde teria vindo,talvez das altas matas

,ou de outro bairro qualquer se fosse de laranjeira,seria de uma noiva e desprenderá

de um buquê,ou fugiu envergonhada por saber que a virtude que ora simbolizava não

existia naquele amor.

Deixe-me levar absorto no pensamento,enquanto a singela florinha rolava no asfalto

Frio,que as procurando o cabelo da virgem enamorada que deixou de ser tocada e morreu

Nesta manhã fria e úmida como a face que o pranto da dor lavou.

Ou procurar o altar do Pai,para louvar com ardor .Mas um vento mais forte joga a pequena flor em uma poça de lama ,para acabar maculando de vez sua candura,e em

Última tentativa a viu bailar no vento quem sabe na tentativa de salvar o que lhe restava.Pouco depois a florinha na lama se misturou.

Passei a ligar com a vida,lembrei-me das flores,vivas meninas cheias de amor,que por

Vezes também se perdem,na lama do mundo vil e estas crianças que acabam com esta

Flor.

Erwin .

Eberl
Enviado por Eberl em 03/10/2007
Código do texto: T678598