Em que acreditar?

Não sei em que acreditar.Ou melhor, não sei em quem acreditar.È necessário alguma subjetividade nas notícias que são publicadas em jornais e revistas, em tudo que é passado nos telejornais.Mas com a guerra de informações dos dias de hoje é impossível não ficar confuso.

O administrador Stefhen Kanitz, em um artigo na revista Veja, escreveu que nós precisamos ter uma certa “vigilância epistêmica”. Ou seja questionar tudo o que lemos e ouvimos.Precisamos sim, nessa guerra de informações e interesses não podemos ser ingênuos e acreditar em tudo o que lemos e ouvimos.O problema é que essa guerra é tão imensa que já desconfio até do que a minha mãe me conta.Ou será que quando ela anuncia que a vizinha ganhou um lindo e maravilhoso par de sapatos do seu filho, ela não quer manipular a minha opnião sobre os meu deveres como filho?

Um dia eu leio em algum lugar que transgênicos podem ser perigosos, mas logo à noite ouço um deputado dizer no jornal nacional que é tudo lorota, os transgênicos são na verdade a solução.Já em outra eu leio que Che Guevara era um homem cheio de virtudes e que só lutou pelo bem das pessoas.Pra depois ler em outra que Che era uma farsa, não passou de um guerrilheiro violento e que tinha maus cheiros por não gostar de banho.

È muito comum ouvirmos que prescisamos ter um filtro nos ouvidos para selecionar melhor tantas informações.Já estou procurando na internet esse filtro para comprar, pois o do meu cérebro acredito que seja pouco capacitado, ou talvez entupa muito fácil.A minha vigilância epistêmica já se transformou em neurose.Portanto enquanto não encontro esse filtro para comprar, sigo me questionando sobre as intenções da minha mãe.