NOSSA ROUPA, NOSSA IMAGEM

Uma moça, muito próxima a mim, queixara-se que não atrai muitos olhares.

Relatou-me que havia saído com uma amiga que lhe emprestara uma peça de roupa, para um rolé, em sua companhia.

Contou-me com alegria, que aquela vestimenta trouxera-lhe bons fluídos. A ponto de receber um flerte demorado de um rapaz. Um flerte daqueles que a pessoa acompanha a outra com o olhar, até que não seja mais possível o contato visual.

Ao vê-la, percebi que a roupa era bem agradável aos olhos e que transmitia alegria, leveza, luz e harmonia.

Eu lhe disse que ela deveria mudar o padrão de vestimenta. Afinal, a imagem que ela passa, ao trajar, cotidianamente, a cor preta, é bastante prejudicial, quando se trata de atrair olhares e, quem sabe, a simpatia de algum pretendente.

Disse-lhe que a reiterada indumentária preta, pode estar passando uma imagem de alguém com algum tipo de revolta, de uma pessoa bitolada, que enxerga as coisas apenas por um prisma e que, por conseguinte, não está aberta ao novo, ao diverso, ao diálogo. Alguém pouco disposta a abrir mão do seu ponto de vista,

Disse-lhe eu que a intenção, ao adotar esse padrão, pode até não ser essa, mas é o que, a meu ver, deixa transparecer.

Espero, sinceramente, que ela reflita a respeito e se abra para um mundo de cores e de oportunidades.

Rafael Arcângelo
Enviado por Rafael Arcângelo em 23/12/2019
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