Política - A arte de caminhar sobre o fio da navalha

Se os trilhos da jornada política não são realmente trilhos, certamente o veículo não é uma locomotiva, e este é passivo de variantes.

Se os ditames de uma diretriz executiva não são ortodoxos, certamente não estamos diante de uma cartilha, mais distantes ainda de um tratado com parágrafos irrevogáveis e sem emendas.

O mais inocente dos adeptos perceberia num primeiro momento que para se trilhar esta jornada há que se aprender a viver e conviver com seus meandros, muitas vezes totalmente divorciados da ortodoxia. Estaria eu falando de uma anarquia? Ou quem sabe, de uma "egocracia"? Eu também diria que não, mas fica sempre evidente a necessidade premente e urgente de flexibilidades que propiciem a condução de uma máquina, que como dito no princípio, não trafega sobre trilhos.

Surpresas para uns, para outros, apenas fragmentos de um projeto que previamente deitado sobre uma maquete, agora apenas reflete o que já pairou no imaginário de um cenário perfeito para um projeto infalível. Convém trazer ao plano prático que nem tudo traçado, converge na realidade para uma engrenagem imune a panes. E por falar em pane, o elemento humanoide é o seu protagonista principal.

Não há desculpas para imprevisibilidades, nem possibilidades que isentem dolo ou viabilidades que sirvam de antídoto, quando a peçonha foi inoculada.

Um salve para o capitão que percebe a milhas um iceberg que afoga o cruzeiro dos sonhos, para que não vire pesadelo.

Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 02/01/2020
Código do texto: T6832334
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