Ética e Moral - Lisura e Transparência na Política

Onde estão os homens íntegros e de bom senso no universo político???

É possível encontrar estes atributos na política brasileira?

Ou será apenas utopia sonhar com práticas que possam assim ser adjetivadas no mundo político?

Já ouviu o ditado popular que quem nunca comeu melado, quando o faz se lambuza todo?

Já ouviu a máxima de que para se conhecer realmente quem é uma pessoa é só investi-la de poder?

São jargões populares de uma verdade tão absoluta quanto a imoralidade evidenciada no exercício da função pública. Infelizmente, mil vezes infelizmente, é a dura realidade enfrentada pelos brasileiros. Os discursos que elegeram os mandatários em nada coincidem com a postura adotada na envergadura do cargo. Os meigos, educados e gentis candidatos se transformam completamente depois de vitoriosos nas urnas. Mesmo antes de serem empossados já têm um "rei na barriga" e a maneira de lidar com os inocentes que o conferiram o poder já mudou totalmente.

Quando já por detrás da cadeira de encosto alto e a "caneta azul" empunhada, ficam irreconhecíveis. Tudo começa com o deslumbramento do poder, e depois, lamentavelmente, com a percepção de que podem se beneficiar, e muito, se utilizando de subterfúgios ilegais para se locupletarem. O dinheiro realmente entorpece e deixa cegos aqueles que nele vêem meio para realizarem os seus sonhos de consumo. A ganância e a ambição são tão gigantescas que subestimam a possibilidade de serem apanhados pela malha da Justiça, e nesta falsa percepção de imunidade se afundam no charco da ilegalidade e da imoralidade no trato com a coisa pública, mais diretamente, com o erário. A subtração do alheio passa a ser uma prática viciante, e uma vez iniciada parece não ter mais cura.

Por conta desta falsa impressão da imperceptibilidade, temos testemunhado em todos os escalões da carreira política, escândalos e uma eclosão de descobertas que deixam a população estupefata e cada vez mais incrédula no que diz respeito a credibilizar pessoas de bem no exercício de suas atividades do poder, em vários âmbitos. Então, o que fazer? Colocar todos no mesmo pacote ou ainda permitir que haja realmente espaço para a seletividade, e por sua vez a exceção de "alguns", quase que como "agulha no palheiro" diante do disparate que tomou conta da situação?

Eu, sinceramente, prefiro ainda acreditar e creditar meu voto de confiança em um grupo ainda muito que resumido, mas composto por pessoas que desejam de facto o bem comum, e não fazem parte da política um escalpe social, vitimando desesperançados e despertando a fúria dos que já não suportam ninguém, nem acreditam numa vogal proferida por sequer um destes protagonistas da saga da desmoralização total e completa e da desqualificação da palavra política.

Tenha certeza que onde faltam ética e moral, lisura e transparência, também haverá o enfado, e o basta virá como resposta incontestável nas urnas de uma nova era que desabrochou no mundo político brasileiro, e promete florescer.

Sou de uma consciência da moralidade e do resgate de valores essenciais para uma vida em sociedade, onde direitos e deveres sejam pautados numa balança que equalize comportamentos de homens pactuados com a transparência.

Ilusão? De forma alguma... Eu simplesmente aprendi que quando a esperança morre torna-se inútil lutar, pois esta torna-se antecipadamente uma batalha perdida, e ainda há nomes que representam o resgate da honradez. Onde estão? Cabe a cada um se adequar a uma conduta de jamais se vender, e saber que o seu preço determina não a sua grandeza, mas sempre a sua pequenez. A improbidade praticada por governantes e governados realmente nunca compensou. Pense nisso!