VAMPIROS BRASILEIRO
A noite caía sobre o planalto central. Era noite de lua cheia. Iluminava os contornos dos prédios, das ruas... Ruas enormes, espaços imensos, e uma solidão eterna.
Nestes espaços vazios apenas as sombras transitavam à noite. Iam para algum lugar comum, escondidos em carros negros como suas almas, e normalmente com placa oficial.
Vestiam caros ternos negros, gravata italiana, e um coração frio...Seus olhos eram fundos, seus rostos tétricos, mas de suas bocas exalavam o poder, graças suas oratórias, e seus dentes caninos.
Na sede da confraria confabulavam. Eram muitos. De negro, e com uma sede inigualável planejavam a continuidade da raça. Autênticos “vampiros brasileiros”, sedentos, não por sangue, mas sim pelos bolsos e pelos cofres do povo brasileiro. Ao invés de estacas morriam pela fome, e assim não poderiam deixar de se alimentar.
O sol trazia o dia, e eles voltavam para suas casas, pois necessitavam vestir seus disfarces de Congressistas para por em prática seus planos de continuidade da raça. Os “vampiros brasileiros” não poderiam morrer.