Educar ou comprometer o futuro?
Andamos a criar e educar crianças e jovens, quase desde que nascem, para e só, o seu bem-estar imediato, esquecendo que “este” lhes vai conferir o direito de se sentirem plenamente satisfeitos a todo o momento. Criados para o facilitismo, neles abunda a ideia de que tudo cai do Céu, enquanto deambulam na noite ou dormem de dia. Vai ser um finca-pé, motivo de muitas hostilidades entre todas as pessoas e situações que interferirem no que consideram ser um direito adquirido inalienável, pois não conhecem de todo ou conhecem mal a palavra direito, e, dificilmente, compreenderão e aceitarão os direitos dos outros, as exigências que lhes são impostas e os comentários assertivos, que considerem provocadores. Esta postura perante a vida vai desandar em mal-estar, pois eles não foram criados para lidar com o não, com a insatisfação e as contrariedades que muito amiúde irão intrometer-se naquilo que pensam ser um direito inequívoco, porque para tal não foram preparados. É bem provável que uma grande maioria deles tenha de acartar, “se os deixarem…”, com as consequências dos seus devaneios e começarem a perceber que onde há direitos, há deveres. E que os direitos não são de sua exclusiva pertença…Isso de deveres é com os outros: pais, familiares, professores, instituições públicas, idosos, amigos, vizinhos …
Dizer não aos filhos, familiares ou amigos, não é fácil. É preciso! É sabido que quando começam a ouvir os nãos por volta da adolescência, porque até aí eram considerados uns pequenos “inocentes”, não é quanto a mim a educação mais desejável e, dificilmente, se colherá bons frutos deste acordar tardio para a realidade que um dia nos irá surpreender pela negativa.
Se me perguntar:
- Então eu não posso embebedar-me?
- Pode, claro. Tem esse direito, mas não pode maltratar os outros: violentar e assassinar ou até esfaqueá-los até à morte, só porque beliscaram o seu ego alcoolizado e não gostou que o chamassem à razão. Peço desculpa, posso estar a ser injusta. Provavelmente, quem lhe devia ter ensinado os princípios básicos de cidadania não cuidou que isso fosse de suma importância e você vai continuar a sua saga de faltas de respeito e crimes, precisamente, porque há sempre um culpado para as suas “cagadas. Acha, que a culpa é de quem não o ensinou e não lhe disse, com todas as letras, que tal como qualquer ser humano tem direitos e deveres, visto que os direitos não são só seus e os deveres não são só dos outros.
Não viva eternamente a culpabilizar os pais ou educadores pelo seu insucesso, pela falta de evolução positiva, que só ao próprio indivíduo compete gerir. A culpa não pode ser sempre dos mesmos. A sociedade, em geral, espera que seja o próprio a adubar o seu crescimento, enquanto cidadão.
Enfim, você se não gosta do que escrevi, tem o direito a desfraldar a bandeira do descontentamento por me ter atrevido a escrever esta crónica, mas dir-lhe-ei, exatamente, aquilo que deveria estar a pensar…”esta fulana também tem o direito de escrever o que quiser, tanto mais que …só enfia a barrete quem quer!”.
Lúcia Ribeiro
Dizer não aos filhos, familiares ou amigos, não é fácil. É preciso! É sabido que quando começam a ouvir os nãos por volta da adolescência, porque até aí eram considerados uns pequenos “inocentes”, não é quanto a mim a educação mais desejável e, dificilmente, se colherá bons frutos deste acordar tardio para a realidade que um dia nos irá surpreender pela negativa.
Se me perguntar:
- Então eu não posso embebedar-me?
- Pode, claro. Tem esse direito, mas não pode maltratar os outros: violentar e assassinar ou até esfaqueá-los até à morte, só porque beliscaram o seu ego alcoolizado e não gostou que o chamassem à razão. Peço desculpa, posso estar a ser injusta. Provavelmente, quem lhe devia ter ensinado os princípios básicos de cidadania não cuidou que isso fosse de suma importância e você vai continuar a sua saga de faltas de respeito e crimes, precisamente, porque há sempre um culpado para as suas “cagadas. Acha, que a culpa é de quem não o ensinou e não lhe disse, com todas as letras, que tal como qualquer ser humano tem direitos e deveres, visto que os direitos não são só seus e os deveres não são só dos outros.
Não viva eternamente a culpabilizar os pais ou educadores pelo seu insucesso, pela falta de evolução positiva, que só ao próprio indivíduo compete gerir. A culpa não pode ser sempre dos mesmos. A sociedade, em geral, espera que seja o próprio a adubar o seu crescimento, enquanto cidadão.
Enfim, você se não gosta do que escrevi, tem o direito a desfraldar a bandeira do descontentamento por me ter atrevido a escrever esta crónica, mas dir-lhe-ei, exatamente, aquilo que deveria estar a pensar…”esta fulana também tem o direito de escrever o que quiser, tanto mais que …só enfia a barrete quem quer!”.
Lúcia Ribeiro