Contradições humanas

Vivo “num lugar todinho meu”!! Um balneário lindo. Considero a praia de Ubu a mais linda dentre as demais 24 que existem na região onde Anchieta. Em toda a extensão dela existem placas de trânsito informando a direção. Digo assim porque no verão a orla fica apertada para a locomoção devido ao número de veículo. Da mesma forma podemos supor que os veranistas gostam também da praia. Há placas também avisando que não se deve jogar lixo, fazer churrasco ou jogar bola em determinados horários.

Está tarde de verão saí para passear na orla e vi o descaso desses banhistas que parecem gostar da praia. Acho que gostam da diversão que ela proporciona, mas a tratam com descaso. É um tanto contraditório. Eu explico... Vi um carro estacionar na orla. Pareciam todos contentes. Seria um dia de diversão. As crianças corriam pela areia. O pai e a mãe retiravam os apetrechos do carro. Foram todos em direção a areia. Colocaram as cadeiras, as sacolas térmicas com cerveja, refrigerante e petiscos. Nadaram bastante, comeram e beberam. Então, foram preparar o churrasco para o almoço. Almoçaram bem. Votaram a diversão. Banho, bebida, petiscos, futebol de areia, e enfim, caiu a tarde. Não havia mais razão para estarem ali. Encerrou a diversão. Juntaram tudo colocaram no carro e partiram. Mas espere. A placa dizia que é proibido fazer churrasco na praia, que é proibido sujá-la... No entanto, eles deixaram para trás os restos do almoço na beira da praia: carvão, sacolas plásticas e de papel, latinhas, restos de alimento, etc.

Passei a tarde na praia. Vendo aquela cena pensei como o ser humano se desligou da natureza. O ser humano não se sente parte dela mesmo. Dessa forma, podem colocar a quantidade de placas com as normativas que quiserem que não adiantará de nada.

Leandro Freitas Menezes