PAUL IS DEAD!

Nos dois pronunciamentos que movimentaram o país durante todo o dia de ontem, uma pista enigmática: Paulo Guedes sem paletó, de máscara e sem sapatos. Seria a pista de que o ministro será a próxima vítima?

Pela manhã o ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro já dava pista de que não cairia sem atirar. Usando do próprio veneno fez uma delação premiada e entregou vários crimes cometidos pelo presidente Bolsonaro.

O que Sergio Moro estava dizendo é que não queria mais ser capanga da milícia, não queria mais proteger os filhos criminosos do patriarca do clã, que estava cansado de ser humilhado em público e que já tinha cabedal político suficiente para ser igual ou pior do que seu chefe.

O ex-ministro pulou do barco porque, com Bolsonaro querendo o controle sobre as investigações sobre seus filhos, o barco não se sustenta por muito tempo e vai pro fundo.

Moro também se complicou confessando que fez pedido de pensão à sua família caso algo lhe acontecesse, o que é ilegal. A premiação veio à noite no JN que, praticamente, deu início à campanha Moro Presidente.

O discurso de Bolsonaro foi um show de horrores, a começar pela equipe de ministros ao seu redor, parecia ensaio fotográfico para a capa do disco Thriller, de Michael Jackson.

O discurso foi uma diarreia verbal, Bolsonaro misturou no mesmo discurso a Superintendência da PF com o INMETRO, aquecedor de piscina, taxímetro, Avenida Lúcio Costa, a sogra, Judas, militares, STF, desarmamentismo, mágoa, ciúme, porteiro, Queiroz, imprensa e bateu no peito dizendo que seu filho comeu a metade das meninas do condomínio.

Como em toda briga de cortiço, as roupas sujas foram lavadas na varanda e as verdades reveladas. Sergio Moro disse em tom covarde que durante os governos petistas a PF tinha autonomia e que não dava para imaginar o Presidente Lula ou a Presidenta Dilma, em plena Lava Jato, ligar para saber sobre a operação.

Na briga entre Moro e Bolsonaro o brasileiro tem que ficar do lado da briga. Que o cabaré pegue fogo com os ratos dentro!

Sobre a pista deixada por Paulo Guedes: Uma das mais famosas teorias da conspiração é a suposta morte de Paul McCartney em um acidente em 1966, episódio conhecido como “Paul is dead”, tendo sido substituído por um sósia.

Um dos sinais de que ele havia morrido está na capa do disco Abbey Road, Paul está descalço e em algumas religiões os mortos são enterrados sem sapatos.

Paulo Guedes, Bolsonaro, Sergio Moro, Braga Netto, Mourão, general Heleno, Weintraub, Ernesto Araújo, Damares, Nelson Teich, Olavo de Carvalho...Are all dead!

Ricardo Mezavila
Enviado por Ricardo Mezavila em 26/04/2020
Código do texto: T6928938
Classificação de conteúdo: seguro