NADA SERÁ MAIS COMO OUTRORA
Atravessamos tempos muito difíceis.
As imagens que nos chegam pela TV, sobretudo no horário nobre assustam: pessoas em longas filas esperando por comida distribuída gratuitamente, grandes valas comuns, sepulturas alinhadas geometricamente e criando um terrífico aspeto à distância, hospitais lotados, notícias de milhares de mortos um pouco por todo o lado, fazem perceber que afinal a vida de pouco vale, nascer e morrer são simples constantes da existência.
Choca ver o pânico estampado nos rostos da maioria das pessoas.
O uso de máscaras, luvas e o respeito pelo confinamento são exemplos de medidas que têm salvo milhares de pessoas. Pelo contrário, menosprezar os efeitos do COVID-19 não constitui prova de inteligência.
Trump apregoou durante muito tempo esse menosprezo e agora foi obrigado a engolir em seco, face aos mais de cinquenta mil mortos registados por todos os States.
Para além dos mortos, uma preocupação natural, agora deparamos com os efeitos económicos. A forte recessão está aí, um pouco por todo o lado, o desemprego abrange milhões e as falências em setores-chave são uma constante. Companhias de aviação, indústrias, largos setores do comércio e consequentemente a economia de muitos países, mesmo os mais poderosos, foram severamente afetadas e transmitiram a consciência de que tempos muito difíceis se aproximam.
Será que voltaremos a caminhar pelas ruas apinhadas de gente, sem usar uma máscara ou sentir o temor de contágios?
Será que voltaremos a circular de carro por onde quisermos, em família, à beira-mar ou usufruindo de um belo por-do-sol numa esplanada, sem qualquer limitação?
Independentemente de tudo o resto, o futuro o dirá, mas é muito incerto, podem crer!