O normal será o quê?

Reflexo destes tempos de pandemia, distanciamento social e paranoia coletiva é que os países que estão enfrentando fases agudas do ciclo de infecção da Covid-19 se espelhem naquelas outras nações que já ultrapassaram esse estágio e que estão, agora, relaxando minimamente sobre a tal curva achatada.

Observando o que aconteceu quando o gráfico apontava a subida lá fora, nossas perspectivas aqui no Brasil são assustadoras. A curva do gráfico, por aqui, mais parece um fio de serpentina sendo lançado ao alto em pleno salão.

Porém, detive-me em buscar informações como estão outros povos se adaptando após o pior momento. Só encontrei detalhes vagos em relatos do que acontece na Alemanha, o país europeu que mostrou ser o menos afetado por ter a estrutura de saúde pública mais bem preparada e, certamente, um povo altamente disciplinado.

O que interessa, enfim, e que me pareceu extremamente pitoresco é a informação de que jogadores de futebol poderão voltar a treinar em poucos dias, porém, deverão respeitar o distanciamento mínimo de um metro e meio a dois metros (lá todo mundo obedece!). Os jogos “pra valer”, quando forem liberados, serão em estádios fechados ao público.

Já pensaram como realizar um treino tático respeitando a distância necessária? Um “rachão” não teria mais essa denominação porque ninguém poderá encostar em ninguém e, assim, não haverá a menor possibilidade de que um rache o outro.

E os jogos oficiais? Como serão? Imaginem como será a grotesca circunstância dos vinte e dois jogadores em campo, com a atenção mais na manutenção da distância entre si do que em recuperar ou manter a posse da bola e, menos ainda na busca da meta adversária. O trio de arbitragem, creio eu, haverá de ser substituído de vez pelo VAR. É algo inimaginável!

Afora as já difundidas versões virtuais, aguardo notícias para ver como será o "sexo presencial" que se praticará sob tais condições.