Cabide de Folhas - BVIW

Gosto de ler alguns adágios populares e pensar em uma continuação para eles: “Quem com ferro fere, com ferro será ferido”... e ficará enferrujado, enferrujando com pinceladas de gerúndio em tons ocre com pitadas, da sábia, passagem do tempo.

E a vida assim a prossegue, dicionarizando palavras, pensamentos e até misteriosos desejos; nem sempre diminuindo a distância entre os amores, mas derretendo relógios ‘Dalíniando’ cada segundo - atemporais ponteiros surreais que desabrocham nas palmas das mãos de areia, movediças teias.

Penso que as letras são peças de um quebra - cabeças e quando movidas de lugar podem originar outras palavras diferentes e curiosas feito um bailar de folhas que aos poucos se aconchegam em um cabide deixado no grama da pracinha, inebriada com a imagem fiquei, ao vento, ‘cabideando’ poemas.

Enquanto isso; “Quem tem boca vaia Roma”... e, eu vaio o vírus (Covid - 19) e toda a desinformação que o acompanha.

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Tema: Dicionarizando