DA PORNOGRAFIA NA MÚSICA BAIANA

DA PORNOGRAFIA NA MÚSICA BAIANA E A CORRUPÇÃO DAS MENTES INFANTÍS E ADOLESCENTES

Expressando a oralidade, de inicio escondido no ato de chupar a "bala" chibiu.

Também veio de lambreta, mas até aí ainda tinha um certo "pudor".

Então deram mais uma ordem que um aviso e nos mandaram "segurar o tcham", falaram e ainda gesticularam, ali começaram a usar as danças para esfregar em nossa cara e traduzir o que as palavras realmente queriam dizer, e nós ficamos boquiabertos, sedados e lesados com aquela "brincadeira inocente".

Daí baixaram mais um pouco o nível, da sintura para o tornozelo, com descidas, reboladas e agachadinhas na boca da garrafa.

Não satisfeitos com nível descido, consideraram que era preciso descer mais, então tiveram a brilhante ideia de "ralar" a petheca no chão.

Daí pra frente já não esconderam mais nada, nem o que queriam dizer, e principalmente o que queriam mostrar e fazer. Rasgaram literalmente o verbo, e as palavras ditas passaram a ser inofensivas perto das danças.

Mesmo inofensivas, estas palavras ja não cabem aqui, sob pena de vulgarização e comprometimento de se manter a postura mesmo falando de pornografia, ou melhor "música baiana".

Em fim, a geração que segurou o tcham, de fato segurou e desceu só até a boquinha da garrafa, mas pariu a geração subsequente que desceu até o chão e por lá ficaram porque foi só isso o tudo que aprenderam em casa, na tv, nas rádios, nas festas e pasmem: até nas escolas.

Pedronilo Sodré
Enviado por Pedronilo Sodré em 11/07/2020
Reeditado em 11/07/2020
Código do texto: T7002483
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