O ELEITOR NA PANDEMIA

Até a data das eleições de 2020 mudou por conta da pandemia, o COVID 19. Inicialmente seria 04 de outubro e o segundo turno no dia 25 de outubro. O Congresso Nacional aprovou a Emenda Constitucional alterando as datas para 15 de novembro e o segundo turno ficou para 28 de novembro. Os candidatos deverão registrar suas candidaturas até 26 de setembro.

Nesse contexto de mudança a forma de votar também muda. O Presidente do Tribunal Superior Eleitoral – TSE, o Ministro Luís Roberto Barroso está elaborando uma cartilha para garantir a proteção contra o coronavírus, isto é, medida cautelar durante as eleições, como uso de máscara para mesários, eleitores e distanciamento social. Quanto ao uso do álcool em gel deverá ser usado só após a votação, na saída da cabine, porque o álcool danifica o aparelho de votação, a urna.

A propaganda de candidatos a cargos eletivos será permitida a partir de 16 de agosto de 2020. Me pergunto: os comícios serão permitidos? Mesmo que sejam, acredito que muitos não terão a coragem de enfrentar as aglomerações. Por isso mesmo os candidatos provavelmente utilizarão outros recursos para fazer a propaganda eleitoral como carro de som, as mensagens eletrônicas, e-mail, WhatsApp etc, em conformidade com a Lei Eleitoral.

Se tudo está mudando será que o perfil do eleitor também mudou? O voto consciente estará presente na eleição de 2020? O candidato ético, competente e com uma boa proposta de trabalho terá vez nessas eleições?

O João é o tipo de eleitor que sempre trocou seu voto por benefícios ou transações ilegais. E muitos eleitores como o João existem por aí, transformando seu voto em mercadoria. Encontrei-me com um deles e acreditando que estamos em um momento novo com muitas mudanças indaguei: nessa eleição o voto não é mais vendido, ninguém compra voto de ninguém, não é? Até porque hoje os contatos pessoais são poucos e dificulta ficar pedindo favores, brindes, bens matérias e outras vantagens. Tive como resposta: que nada, agora mesmo foi que melhorou com as redes sociais. Acordamos tudo pela internet e o valor dos benefícios são depositados na conta.

E eu fiquei a imaginar: esse pessoal tem conta? A resposta me veio logo a mente, geralmente hoje todo mundo é correntista de um banco e para receber o auxílio emergencial dado pelo governo é preciso ter uma e quem não tinha teve que providenciar.

Lamentavelmente a situação não mudou.

Em uma democracia a maior transformação é realizada por meio de voto consciente, assim diz Marcelo Figueiredo.

29.07.20

Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 26/07/2020
Reeditado em 27/07/2020
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