Levei um susto, mas valeu Arrelia!

Acabo de chegar de São Paulo onde fui acompanhar um grupo de jovens adolescentes a gravação do programa Altas Horas, da TV Globo. Durante a viagem lembrei-me que há anos atrás Volta Redonda era sempre palco da vinda de grandes programas de auditórios como “A Grande Chance” apresentado pelo falecido Flávio Cavalcanti e que tinha como jurados Zé Fernandes, Marisa Urban, Márcia de Windsor, José Messias, Erlon Chaves e Carlos Renato, entre outros. Lembro-me de como me achei importante quando fui até aos bastidores cumprimentar o Carlos Renato que havia sido amigo de escola de meu pai. Me achei a própria estrela. Coisas de criança!

Mas, também veio a minha memória a primeira vez que vi ao vivo um programa de TV. Foi no antigo Cassino da Urca, sede da TV Tupi, canal 6. Era o circo do Arrelia. Eu com menos de 10 anos fui colocado numa arquibancada junto com mais uma dezenas de garotos e garotas e nos foi ensinado que quando o palhaço Arrelia entrasse deveríamos todos dar gritos de alegria e bater palmas.

Não foi bem isso que aconteceu!

Esqueceram de me avisar como era o Arrelia. Quando o vi nos bastidores se preparando para entrar e com o programa já no ar, não hesitei e em vez de palmas e gritos, abri um choro querendo meu pai e minha mãe.

Minha saudosa avó que estava em sua casa vendo o programa reconheceu logo o choro do neto. Graças ao querido Tio Américo, pai do Léo Batista, fui “salvo” da arquibancada e fiquei assistindo ao show do Arrelia no colo seguro de meu pai, mas fora do estúdio.

O tempo passou. Lá se vão mais de 40 anos, Arrelia, Carequinha, Fred, Zumbi e muitos outros que fizeram a alegria de gerações já não estão mais conosco, mas a memória registrada. A memória que nos traz sensações de alegria e felicidade de uma história que se passou mas está sempre viva entre nós.

Fernando de Barros
Enviado por Fernando de Barros em 22/10/2007
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