AMOR DE EXPERIMENTO...
 

Então me perguntaram sobre amor. E o que responder nestes tempos tão áridos para o nobre sentimento? Se ainda existe amor conjugal no mundo? Admito, fiquei um par de minutos meditando antes de dar opinião que fosse, digamos, plausível.

Tenho por hábito alertar, não sou detentora da verdade nem especialista em relacionamentos, embora possua alguma experiência, a minha visão pode entrar em atrito com opiniões contrárias, no entanto, me reservo o livre direito do pensamento, enquanto não aprisionam o direito da expressão.

Na minha vã observação, percebo que o amor deixou de ser sentimento para ser experimento. As pessoas não estão mais com paciência de entender  a personalidade do outro, transparecem apenas o desejo de provar, e ao menor desagrado é stop e fim da relação. É a efemeridade da vida a dois nessa troca-troca desenfreada. Não se enlaçam mais. Não criam elos.

Exceções são os que ainda se permitem calma e gastar tempo na união. Não sei se o amor esfriou nos dias atuais, ou se encontrou nova forma de se sentir. Fico com ideia de amor líquido, que escorre fácil, e se evapora caso não encontre um coração disposto a se encher desse sentimento em reciprocidade e paciência. Passa-me a impressão de que o mundo evoluiu tanto em tecnologia, e o ser humano retrocedeu em sentimentos para Era primitiva. Mas este é o parecer retrógado de gente antiga e que tem poesia na veia como eu.

E para você, ainda existe amor a dois neste mundo?