Quando os muros ‘brotam’ - (BVIW)

Esses tempos de pandemia, que ainda, vivemos fez - me lembrar de um livro que li quando tinha 13 anos de idade: “Sombras dos Reis Barbudos” (1972), um romance escrito por José J. Veiga. A leitura foi um trabalho das aulas de Português, eu gostava muito de ler os livros indicados e lia com curiosidade e atenção cada página e anotava as palavras que não entendia e depois pesquisava sobre seus significados.

O livro narra à história do menino Lucas, de 11 anos, e sua visão de uma Companhia de Melhoramentos que se instala em sua pacata cidade de Taitara; e das consequências e mudanças que passam a fazer parte da vida dos moradores, principalmente, a perda da liberdade, tendo suas atitudes vigiadas.

A narrativa prossegue, envolvendo cada vez mais o leitor... Certo dia, muros, e mais muros aparecem, como se tivessem brotados do chão, por todas as ruas da cidade, afastando vizinhos e atrapalhando o deslocamento das pessoas.

Situações assim acontecem por que será? Seja, pela busca do poder e manutenção dele, ou interesses econômicos. Muitas vezes os ‘muros’ brotam, sejam eles, emocionais presentes no olhar e alma ou muros físicos, impostos até por necessidades (pandemia), mas que causam o distanciamento entre os indivíduos. Melhor seria se só brotassem flores em pétalas de paz!