DIGNA MÃO (BVIW)

Dois mil e vinte, um ano marcado na História do mundo. Com tudo de estranho acontecendo, o ser humano poderia aprender a rever valores perdidos, e a praticar gestos louváveis a fim de aprimorar vidas ao seu redor, de sobremaneira, a sua própria.

Aproveitando o tempo de reclusão, fui aprendendo a ser mais grata até pelas coisas, antes vistas como óbvias. Ter um prato de comida, e água para lavar a louça.  A facilidade de um banho quente em dias frios. Ter um teto para me abrigar da friagem, da chuva, do calor excessivo, um espaço para a horta e as flores, enfim, tanta coisa que me abriram os olhos para detalhes, e me tornaram uma pessoa mais bem-agradecida. Ser grato é tão divino, até Jesus  regojizou-se quando um, entre os dez leprosos, foi o único que voltou para agradecer pela cura. E nesta passagem bíblica vemos como a gratidão modifica e melhora o ser. Ela torna a pessoa peculiar, porque a faz valorizar aquilo que recebeu, e mais ainda, apreciar a ação que foi praticada em seu favor.

Depois de alguns eventos ruins como sequestro, destruição da casa na tragédia, a perda da mãe, aprendi a ser grata a tanta gente pelos benefícios recebidos. Em palavras e gestos concretos. Não há um dia sem que me lembre dos benfeitores em oração, e envie o melhor dos sentimentos para cada um deles. Gratidão maior a Deus, não fosse sua misericórdia em mover o coração das pessoas para virem em meu auxilio, para serem anjos em minha vida, hoje não estaria aqui com o coração transbordando amor para manifestar o valor de se agradecer. Digna a mão que ajuda, e grato seja todo coração favorecido.