ANO DESAFIADOR

Bom dia a vocês que me visitam.

Num ano desafiador como foi este, certamente temos muito que agradecer.

Quanto mais agradecemos, mais coisas para agradecer recebemos.

Foi um ano de muito aprendizado e de reconhecimento, não só da nossa capacidade, mas também das incapacidades de todos nós.

De repente, vimo-nos impotentes diante do inusitado. Descobrimos quão limitados somos e, ao mesmo tempo, quanto lutamos contra as linhas que nos limitam.

Compreendemos nossa dependência de alguns profissionais, os quais são essenciais

ao pleno desenvolvimento da vida e da sociedade. Aprendemos que ser social pouco tem a ver com aparelhos eletrônicos, mas tudo em comum com a presença humana. Que os cuidados básicos de higiene das mãos e manipulação de objetos advindos de locais públicos deveriam ser ensinados a todos em tenra idade; que um espirro e/ou uma tossida descuidados podem levar gotículas indesejáveis ao semelhante; que um corrimão e uma maçaneta, uma chamada de elevador, uma caneta de entregador, a tecla da maquininha do cartão são focos de agentes insalubres.

Sobretudo, entendemos - embora com difícil compreensão - que a velha máxima é verdadeira: para morrer, basta estar vivo.

Repito, foi um ano difícil, que de alguma forma nos atingiu feroz como se fosse um animal faminto. Ensinou-nos, porém, o desvio de armadilhas. E que a civilização pode ser autofágica.

Joelhos dobrados e mãos postas provam sua força junto à ciência, pois esta, às vezes, não tem resposta imediata, mas a crença tem.

Os que foram pegos pela armadilha de 2020 deixaram-nos um nó mais doído na garganta e isto também foi aprendizado.

Encerremos, portanto, esta dúzia de meses, com o escudo em alerta sempre e não diminuamos a guarda.

Afinal, prevenção e amor ao próximo não fazem mal a ninguém.

Feliz ano novo!

Dalva Molina Mansano

28.12.20

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 28/12/2020
Código do texto: T7146073
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