MEIO vingativa: uma reflexão sobre escrita e liberdade



No final de outubro publiquei um livro de contos chamado NIRVANA. Com o passar dos dias, recebi alguns retornos de leitores e sobre um desses retornos eu gostaria de fazer uma breve reflexão, já indicada no título.

Já de antemão expresso a minha satisfação em receber esse feedback de NIRVANA. 


Inventar uma história, seja escrita ou oral, é um processo libertador. Você pode levar os acontecimentos para o caminho que quiser e chegará ao final que você desejar. Esse mundo inventado pode ser composto só de elementos da realidade ou abraçar-se na fantasia. Não há limite nesse exercício.

Esses limites que nos impomos como sociedade estão no campo da ética, dos valores e dependem do lugar e da época em que são concebidos. Entretanto, dentro da cabeça, não há freio e dá para inventar até o que seria condenável fora dela.

A cada época os conceitos sofrem mudanças e parece que constantemente os autores estão ultrapassando os limites da criação, o que é muito bom.

E quando se trata de fantasia, de realismo fantástico ou ficção científica, temos vampiros, extraterrestres, bruxos, lobisomens, hobbits, elfos, avatares e muitos outros seres mágicos que povoam cidades, países, planetas e galáxias imaginárias. Exemplos não faltam na literatura, no cinema e na mitologia.

Não é minha praia esse mundo imaginário tão distante da realidade. Isso não significa que eu não goste, mas sim que não está na minha lista de preferências. O fantástico para mim ocorre nas histórias infantis, quando leio ou invento para minha filha mais velha algo mirabolante e com poderes especiais. Ou quando esse distanciamento da realidade está a serviço da crítica social -papel esse em que a ironia se preza bem.

Para tal, gosto de inverter as situações e expô-las, para demonstrar a incoerência que vivemos sob determinado aspecto. É o que fiz especialmente no capítulo XIII – Ditados (O dito pelo não dito) do livro NIRVANA, onde faço um recorte de 13 ditados populares e apresento-os como se fossem realmente acontecer, fato que causa estranhamento e escancara a irrealidade deles. Mas sobre esse capítulo, abordarei em outra crônica especificamente.

O mesmo exercício de inversão de papéis ocorreu para abordar em NIRVANA temas como machismo, misoginia, preconceito de classe e para falar sobre os animais.

Sim, tem um capítulo inteiro que fala sobre os animais. Às vezes invertendo os papéis, como no conto “MEIO vingativa” (página 95), onde a ave corta as pernas do seu humano, para que ele não vá longe, reproduzindo o discurso dos humanos, mostrando a crueldade que ocorre com elas.

Para encerrar a conversa, entendo que devemos admitir que uma das maneiras de exercermos a nossa liberdade é utilizarmos a imaginação, mas que temos muitos outros recursos para nos sentirmos livres. Os bichinhos, contudo, só precisam de uma liberdade: que os deixem viver como nasceram para viver, deixando que voem, corram ou saltem para longe se assim o quiserem.

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