Descartável

Vivemos uma realidade intrigante, interessante. Pare e acompanhe meu pensamento.

Há uma tendência cada vez mais gritante de usar as coisas apenas por um curto espaço de tempo.

Objetos tantos são usados e, logo após, descartados, deixados de lado.

Copos, pratos, guardanapos feitos de papel ou plástico, tudo em nome da praticidade e da pressa que norteia atualmente a Humanidade.

Podemos continuar nossa reflexão mencionando outros objetos cujo destino é a destruição. Fraldas, roupas, seringas, talheres, lençóis, coisas mais que passam por nossas mãos rapidamente e que, com certeza, não veremos jamais.

A moda agora é sempre trocar e trocar: a casa, o carro, os eletrodomésticos, o fogão, a geladeira, o computador; Nada pode ter um longo tempo de uso, para satisfazer a sociedade de consumo.

Essa tendência está cada vez mais presente. De tanto usar e trocar, acabamos também adquirindo essa mania.

Não conseguimos conviver com as mesmas pessoas muitos dias.

Estamos todos escolhendo, assim, um caminho que, penso, é muito ruím.

Ao trocarmos tanto, caminho natural, trocamos também pessoas, sem achar nada de mal ou anormal. Estamos trocando gente...

Quando dermos por isso, também seremos trocados, descartados.

Traste velho, pano rasgado, seremos tão somente isso; Acabaremos, nós também, na lata do "lixo".

Nada mais é eterno, nada continua...

Esta é nossa realidade NUA e CRUA.