Bento XVI (trechos de sua história)

O Cardeal alemão Joseph Ratzinger, extremamente conservador (pelo menos é minha opinião) muito inteligente, uma cultura ímpar em tudo especialmente na teologia, demonstrada nos seus ditos, seus escritos, ao mesmo tempo tímido, avesso aos acessos às massas curiosas para ouví-lo ou até mesmo entrevista-lo, quando os repórteres ávidos pelas notícias até mesmo bombástica para saberem sobre os bastidores do vaticano, assuntos estritamente confidenciais, teológicos relacionados, outros assuntos também até bem sérios com a combatida igreja católica e Ratzinger sabia tão bem, o interpelavam, nitidamente podia-se notar no seu semblante o apelo silencioso:

--- se fosse possível desejaria que me deixassem em paz!

Ele queria mais a simplicidade, tudo nele era simples, até nas suas alimentações cotidianas, como desejaria voltar à sua terra natal, na Alemanha e terminar seus dias escrevendo, viver perto do seu irmão. Até chegou a pedir para o Papa João Paulo II, seu amigo e confidente para deixa-lo ir para sua terra, mas Sua Santidade negava sempre, porque o Cardeal Ratzinger era seu braço direito, companheiros do mesmo ideal, fiéis nas suas direções aos católicos do mundo inteiro, precisavam manter firmes em controlar as ideias dos outros Cardeais com ideias bem progressistas, dentre elas silenciar alguns pensadores da teologia da libertação, tão propalada no livro do frade brasileiro Leonardo Boff, Igreja: carisma e poder. Então João Paulo II, dizia:

--- Ratzinger, não volte para a Alemanha, preciso de você aqui no Vaticano!

E parecia mesmo que o bom Ratzinger nasceu pra ficar ali dentro do Vaticano entre os príncipes da igreja, porque mesmo os cardeais que não compactuavam com algumas de suas ideias via nele uma firmeza incontestável no papel da direção do catolicismo, permanentemente contra as ideias da ala progressista que queria englobar o comunismo com a igreja, no sentido de ajudar as massas na questão das pobrezas.

No dia 2 de abril de 2005, às 21:37h falece o Papa João Paulo II. Parte para a outra vida o Papa peregrino, aquele que queria ficar no meio do povo. O mundo ansioso para ver seu sucessor.

Em 19 de abril de 2005, na 4.ª votação, 115 cardeais elege Joseph Ratzinger como Papa, depois seu nome mudou para Bento XVI. Foi suas estas palavras:

--- “eu rezei pedindo a Deus que me poupasse desse destino, mas obviamente o Senhor não estava ouvindo naquele momento.”

Segundo fontes de dentro do Vaticano, relatam que Bento XVI agia diferente do seu antecessor, não tinha muito jeito no contato diário nas entrevistas, suas viagens foram drasticamente reduzidas, amava muito o povo, mas se contraía com os elogios, as perguntas que não se referia ao seu meio. Não foi estritamente um Papa democrático como o eloquente João Paulo II, que tirava de letra tudo que dizia mesmo nos países que não tinham predominância católica. Realmente amava os povos, tentava entender os que não eram do seu credo, mas o ecumenismo não evoluiu muito com sua direção na igreja católica, nisso era diferente do seu antecessor, até mesmo do antigo João XXIII.

Com a avalanche das notícias dos padres pedófilos e também o escândalo nos bancos do Vaticano, o tímido Pontífice extremamente preocupado com o futuro de sua igreja, deve ter declarado assim:

--- Senhor, com esse meu ato creio que não estou pecando, pecaria horrivelmente se fosse conivente com estes terríveis escândalos, pecados que tanto abalam a igreja e vosso coração, então eu me demito, deixarei em vossas mãos uma indicação de quem realmente consiga, lutar e sei que haverá de lutar muito contra tudo isso.

Em 28 de fevereiro de 2013, às 20h ele renuncia.