Contra a Covid-19, a fé também vale

- Doutor, o novo coronavírus vai acabar com a espécie humana?

- Paciente, claro que não! A humanidade já passou por muitas pandemias, e essa não será a última. A mais terrível delas foi a gripe espanhola que ocorreu entre 1918 e 1920 quando a população mundial era em torno de 1,9 bilhão de pessoas, e que infectou mais de 500 milhões de pessoas e matou cerca de 100 milhões, numa época que não havia remédios eficientes nem vacinas. Foi um Deus nos acuda! Mas a maioria dos infectados adquiriu anticorpos e o vírus enfraqueceu e desapareceu. Os tempos são outros, e há muita tecnologia na área da Saúde e não é cabível morrer imensa quantidade de pessoas.

- O lockdown ou confinamento, é a solução?

- O lockdown não é a solução por causar um efeito contrário senão for usado adequadamente, e infectar ainda mais porque as pessoas vão se aglomerar em suas casas, na vizinhança e filas de bancos e supermercados. Depois que um vírus se espalhar num país populoso como o nosso, não há como controlar a disseminação e não adianta fazer lockdown. O lockdown só resolve quando for usado num foco pequeno de infectados como aconteceu na cidade de Wuhan, na China, no início da epidemia. O certo é isolar os infectados e não os sadios, senão a contaminação será maior ainda. Outro fato que contribuiu para a disseminação do coronavírus no Brasil foi a grande extensão territorial, muitas fronteiras e muitos aeroportos e intercâmbios com outros países. Sem falar que dois terços da população vivem na pobreza e sobrevivem da informalidade.

- E qual a solução, então?

- A solução é a vacina e remédios eficazes!

- A propósito do tratamento precoce com remédios não comprovados pela Ciência, o que sr. acha?

- Sou a favor do uso de qualquer remédio, até caseiros, desde que não façam mal à saúde, porque o que vale é a fé e o otimismo das pessoas. Até porque não existe um remédio eficaz, e a pessoa tem que se proteger até a vinda do tratamento clinico hospitalar.

- A mutação ou variantes do coronavírus é normal?

- É um processo normal que ocorre na natureza devido a disseminação e tende a driblar os remédios e vacinas. Por outro lado, mesmo com a mutação do vírus as pessoas infectadas vão criar anticorpos e o vírus irá enfraquecer até desaparecer, a chamada imunidade de rebanho!

- E quando será o fim da pandemia?

- Assim como a gripe espanhola ou gripe de 1918, a pandemia da Covid-19 deve durar por volta de 03 anos, que é a duração do coronavírus. Vale ressaltar que todo vírus tem um prazo de validade como ocorreu com a gripe espanhola, ou seja, tende a desaparecer naturalmente. O problema está na mutação do coronavírus, que se não for evitada pela vacina ou remédios, deve durar por centenas de anos e causar uma endemia. O isolamento social, higienização das mãos e uso de máscaras são importantes para o isolamento e erradicação do coronavirus, mesmo se a pessoa tiver alguma comobirdade. Por fim, a máscara não vai nos proteger 100% contra o coronavírus, mas é um sinal de respeito à pandemia e que somos todos iguais.

Goiânia, 02-03-2021

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 06/04/2021
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