Cai o pano... Ou ainda... Caricaturando a criação!
Cai o pano é uma obra de Agatha Christie, a Rainha do Crime. Será que eu estaria plagiando a tão famosa autora ao utilizar como uma parte do meu texto? Acho que não chega a tanto, não é mesmo? Estou fazendo esse questionamento por um único motivo: o que as pessoas ganham com o plágio e com a falsa autoria de textos? Imputar a criação de outrem a alguém de renome apenas para divulgar o conteúdo ou simplesmente para vexar quem pariu a obra?
Outro dia eu repassei um texto de Drummond que não é de Drummond... Pasmem! Aqueles conselhos não são do velho Drummond e sim de outro velho apaixonado cujo nome ainda não consegui descobrir. Isso dito por alguém que tem acesso a toda a obra do nobre poeta, uma pessoa séria. Agradeço enormemente a querida Rosangela que me chamou a atenção para esse fato. Bem, já vi tantos textos de Jabor que não foram escritos por ele, vi Drummond assinar o namorado de Távola, afinal, não é apenas um desconhecido por um famoso, Távola é maravilhoso!
Continuo crendo na humanidade e publiquei nas minhas homenagens um poema que sempre amei e foi o primeiro a quem emprestei minha voz: Desejo, de Victor Hugo. Esse eu tinha certeza de que era dele... Quebrei a cara! Há fortes indícios de que o autor desse poema lindíssimo seja filho da nossa própria pátria Mãe gentil... Gaúcho, tchê! Seu nome é Sergio Jockymann e o poema foi publicado em 1980 num jornal gaúcho. Claro que estou ainda verificando, não consigo entender como pôde esse poema tão famoso ficar circulando por tanto tempo com autoria trocada! Fiquei estupefata com a possibilidade e confesso que decepcionada... Em quem confiar agora? Como ter certeza de que Drummond escreveu seus poemas, Quintana não foi usurpado... será que sou eu mesma quem está escrevendo essa pequena crônica?
Este é um mistério que só a sensibilidade de cada um de vocês poderá decifrar...
Akasha De Lioncourt – 11 de novembro de 2007