NEM UM, NEM OUTRO, NEM AQUELOUTRO

Há uma metáfora muito conhecida que faz a seguinte indagação, diante da figura de um copo com água até a sua metade:

“Este copo está meio cheio, ou meio vazio?”

Objetivam-se, com isso, refletir sobre as percepções antagônicas acerca de um mesmo estímulo.

Aqueles que dizem enxergar o copo “meio cheio”, são tidos como Otimistas.

Já aos que veem a figura de um copo “meio vazio”, atribuem-se o rótulo de Pessimistas.

Note-se que a pergunta só admite uma alternativa: sendo uma, não é a outra e vice-versa.

Será que não haveria mesmo outra(s) percepção(ões) e ou ponderação(ões) possível(eis)?

A vida real requer de nós um olhar mais abrangente.

Toda polarização deixa de levar em conta o que há no intermédio, entre um polo outro. E, muitas vezes, é nesse intervalo que está o cerne da questão.

Fico tentado a sugerir que exista um outro perfil a se considerar: o Realista. Nesse perfil estariam os que têm o dom de enxergar os fatos e as coisas, “como de fato são”.

"como de fato são":

- quem tem o poder sobre-humano da resposta?

- quem é o dono da verdade?

- baseado em quais parâmetros?

- que “régua” valida esse conceito?

- etc.

Nota-se que sempre há espaços para um novo olhar, para novas reflexões, para novos debates.

Concorda?

Rafael Arcângelo
Enviado por Rafael Arcângelo em 20/09/2021
Reeditado em 30/09/2021
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