Protesto e etc etc etc!

Eu não entendo porquê quando se fala em protesto as pessoas vinculam imeditamente o fato a:

Qual a droga do momento a ser usada?

Qual será a nova forma de expressão da libido a fim de causar impacto na sociedade?

Qual será o símbolo utilizado para representar o amor ?

Quem será martirizado? (Nome e apelido)

Existe uma série de perguntas que se repetem a cada etapa em que o ser humano se depara com a necessidade de transcender um sentimento de rancor, raiva, desconforto a todo um sistema.

Não vejo diferença nenhuma entre Hippies e Emos.

A sexualidade liberada, a droga acessível, as multidões, os símbolos, as canções como hino de levante, um certo anarquismo, a promessa, a esperança, etc.

Tudo é em nome do amor, da paz, felicidade eterna, bem estar, o fazer daqui um paraíso.

Sem contar as armas, brancas, negras, prateadas, invisíveis...

Parece que a humanidade é Hippie, Emo, Ciber, Cluber, Punk, Skinhead, Roqueira, Política, Anarquista, Marxista, Calvinista, Cristã, Muçulmana, Judaica, Humana, Desumana, e mais etc.

Tentamos criar novos sentidos para a vida, e caimos sobre as mesmas vontades e angústias, renomeando para não parecer cópia, porém copiando o que nos é inerente. Reproduzimos de forma bastarda o que é primogênito.

E sempre faremos assim, pois as nossas necessidades e vontades não mudam, e além do mais, somos incompetentes demais para estabelecer novos parâmetros de vida. Não somos criadores, somos criações e não somos capazes de nos desgrudarmos de nossos próprios umbigos.

Aprendamos a protestar com o estabelecido, estabelecendo. Façamos aquilo que esperamos do sistema, amando, estudando, ouvindo, falando, calando, e mais uma porção de etc.

Parece que a vida é uma infinidade de etc, e eles, servem para que não percamos nunca a curiosidade do que não foi ainda enumerado e explicado.

Sejamos desbravadores de eteceteras.

Vamos, avante!! Amar, Viver, Sonhar, Aprender!

Criemos mais coisas das mesmas coisas já existentes!

Criemos um novo protesto, mas com um nome diferente. Não adiantam outras desculpas, pois, caimos sempre nas mesmas aspirações.