Aos mestres com carinho

Já temos de posse alguns filmes que mostram a importância dos mestres (professores de escola mesmo) todos que assisti são bons, mas aquele com Sidney Poitier, é espetacular! Poitier, ator negro das Bahamas, desempenhou com esmero, por causa de seu carisma, no filme aos Mestres com Carinho, a função do que significa ser um autêntico educador.

Ser professor. Que missão magnífica! Lógico que nem todo educador vai a fundo, nesse caminho de orientar, apenas desempenha sua linha e segue em frente. Devemos sentir felizes e esperançosos, porque existem os que fazem a diferença. Por exemplo: numa escola, ele, nesse caso o professor, que ama a sua missão, vê em cada aluno um ser, um universo diferente em cada mente e pode parecer intransponível.

Baseando neste assunto tão relevante que é do professor, coloco aqui um dos trechos de minha vida na infância no decorrer dela. Até tenho relatado em algumas crônicas referente a este assunto. Há muito tempo atrás, algumas décadas mesmo, porque eu tinha 7 anos e entrei no 1.º ano escolar, creio eu que naqueles tempos, dificilmente a criança entraria antes dos 7 anos.

No primeiro dia na sala de aula eu e meus colegas, deparamos com nossa primeira professora Maria do Carmo, ela talvez com mais ou menos vinte e poucos anos, começou a nos alfabetizar. Foi um ano de maravilha, pelo menos pra mim, o carinho que nos dedicava era fora de série, não só isso, sentíamos o sabor inigualável do ato de aprender, eu empenhava, cada prova era um 10 maravilhoso, os elogios, parecia que tudo era mágico! Dona Maria do Carmo, fazia com que sentíssemos nas aulas um paraíso!... Passou o tempo. No segundo ano, outra professora. De acordo como eu falei em outra crônica, que no segundo ano, a diretora entrou na sala apresentou outra professora e falou:

--- Esta será a nova professora de vocês, não será mais a Dona Maria do Carmo.

Creio que para muitos alunos foi um choque, porque eu senti. Já nas primeiras aulas do segundo ano eu estava meio apático, a professora passava os problemas de matemática (ou acho era aritmética) copiava, mas não resolvia, nem prestava atenção nas explicações, as outras matérias também o desinteresse. Não creio que a nova professora fosse má, mas eu não sentia aquele carisma de antes.

Consequentemente veio as repetências, no 2.º, 3.º, até no 4.º ano, estudei mais um pouco e parei de estudar, apesar da insistência de minha mãe pra continuar. Comecei a trabalhar com meus quase 15 anos numa gráfica. De repente vi que o tempo havia passado já estava com meus vinte e poucos anos, meu arrependimento era muito em não ter continuado os estudos, mas surgiu a oportunidade de continuar num curso noturno, aceitei correndo, consegui concluir o 2.º grau (ensino médio hoje?) e depois já com a idade avançada, meus quase 30 anos, casado com filhos não continuei, (a situação financeira estava apertada) mas estava satisfeito, porque ler e escrever a vontade era intensa. Tudo isso que relatei aqui já publiquei com detalhes em alguns textos meus aqui no recanto.

O que queria salientar o valor do professor em nossas vidas, ele pode mudar mentes, pela sua didática, grande amor ao ser humano, ele pode fazer a transformação de beleza incalculável do ser humano aprender e ir em frente nesse caminho desse viver que muitas vezes tão estranho e aterrador.

NESSA PANDEMIA INSENSÍVEL, POR MOMENTO SEPAROU, PROFESSOR E ALUNO. MAS ESTEJA PREPARADO, PROFESSOR, MESMO QUE UM DIA SEUS ALUNOS JÁ ESTIVEREM ADULTOS, IMPORTANTES ATÉ MUITO RICOS, ELES PODERÃO TE DIZER:

---COM TODO NOSSO RECONHECIMENTO RECEBA O NOSSO CARINHO, QUERIDO PROFESSOR...