AMOR QUE FICA

Naquele outubro, você ressurgiu, do nada. Eu realmente não esperava que voltasse, não assim, tão de repente. E bastou você chegar pra fantasia tomar conta do meu reino encantado. Eu vi você muito próximo, sendo agradável, cada vez mais charmoso... um sonho, o meu sonho!

O convite pra conhecer sua nova casa, a conversa no carro, algumas risadas durante a viagem, você sempre muito gentil. E tão lindo! A minha viagem era para além, muito além. Extasiada, eu me deixava levar por toda aquela sensação de plenitude, estimulada por seus toques, os toques, de vez em quando, subindo entre minhas coxas.

Ao chegarmos em sua casa, antes que o nosso amor enfim acontecesse, você se mostrou cuidadoso, como sempre, me apresentando tudo, fazendo questão de me deixar bem à vontade. Em vão, considerando meu desesperado e insano desejo de viver tudo aquilo, em uma ansiedade que eu insistia em camuflar, fingindo-me serena.

E depois, o beijo. Enfim, o beijo. O beijo! Como nos velhos e saudosos tempos. Mãos subindo e descendo, buscando o prazer por debaixo das roupas, naquela loucura de quem quer morrer de amor. Apertões, mordidinhas, gemidos... éramos um só. Rendida ao que me propôs, disse “sim” a tudo o que o seu desejo quis de mim. E fomos felizes. E você se declarou pra mim. É claro que se declarou!

Maria Celça
Enviado por Maria Celça em 07/01/2022
Reeditado em 07/01/2022
Código do texto: T7424151
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