O encontro

O encontro

Já experimentou ao final de um dia qualquer lembrar -se de quantos encontros teve?

Digamos que apenas nas últimas horas do dia de hoje... Não? . ? Eu já.

Quarta-feira de cinzas e eu circulando impunemente pelas avenidas desertas da cidade

quando de repente, pá... Aquela pancada, o assombro, O ENCONTRO.

Aquela figura caminhava solitária , o olhar distante, alheio... Entre nós um mundo inteiro , e no entanto ela doía em mim.

Quarta_ feira de cinzas. Coincidência?

Mas aínda agora passados os dias eu consigo vê-la.

Basta que eu feche os olhos e aqui está ela, a figura;

Alquebrada, sem camisa, descalça mas ao mesmo tempo impressionante. Impossível não ser tocada por ela.

Eu a sinto doer em mim quando agora a televisão me mostra a dor de cada pai, cada mãe, filho que de repente se viu sem teto, e sem rumo nesta guerra insana lá na Ucrânia.

Mas a dor é universal e a temos aqui mesmo passando bem no nosso caminho, diante do nosso carro, da nossa porta, da nossa vida. Quantos dos nossos já se renderam diante da injustiça nossa de cada dia?

Você conhece alguém que aínda luta que teima em permanecer de pé ? Então embora ajudar esse soldado antes que ele caia.