Estou exausta e estressada após um dia de muito trabalho. Não fosse apenas pelo trabalho tudo bem, já que são ossos do ofício.

O trânsito está caótico neste dia de temporal. Congestionamento de vários quilômetros.

Minha preocupação é de chegar em casa antes dos meninos para recebê-los, já que não há ninguém em casa. Eles deveriam estar assustadíssimos com os raios e o temporal.

Tento de todas as maneiras falar com minha mãe para que a condução os deixasse em sua casa, mas não consigo. O temporal congestionava também as linhas telefônicas fixas e móveis.

O andar dos ponteiros me deixa cada vez mais aflita. O que fazer? Sair correndo pela chuva? Não, não solucionaria o impasse. Não conseguia falar nem com o motorista da van escolar.

Ainda faltam quatro quilômetros para chegar em casa. Imagino tudo o que teria que fazer quando em casa chegasse: prender o cachorro no canil, procurar os guarda-chuvas, deixar à vista vários panos de chão para que enxugassem os pés... Queria ver só como ia prender o Dongwa aquele cão teimoso...

A preocupação maior ainda é com a chegada dos meninos. Estou tão envolvida com a ansiedade que nem chego a cogitar que a van escolar também estaria presa no congestionamento. Até suspirei aliviada e pensei comigo para que tanto estresse? Vai dar tudo certo...

Nessa hora me sinto sendo carregada e de repente lançada... Tchibun! Acordei com um banho de piscina frio e inesperado, fruto de brincadeira em família.

Nem reclamei porque certamente o pior era a angústia toda daquele sonho caótico...


Renata Christina Machado de Oliveira
Enviado por Renata Christina Machado de Oliveira em 22/11/2007
Código do texto: T747868
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