Saia justa - COLEGAS, AMIGOS E PROFESSORES

Nosso professor Maximiliano é Promotor de Justiça no fórum de São Bernardo do Campo.

Certa feita, foi procurado por uma mulher, estourando de grávida e desesperada.

Se ele não interviesse, correriam, ela e a criança, risco de vida.

Já estaria na hora da criança nascer, mas o médico não autorizava o parto.

- Como não autorizava?

- Não autorizando. Segundo ele, não teria chegado a hora. Mas eu sei, porque aconteceu a mesma coisa com os meus outros filhos. Eu sou a mãe, tenho certeza.

Lá foi o nosso professor-promotor-de-justiça promover a justiça no caso concreto.

Chegando ao hospital, falou com o médico responsável.

- Se o senhor não autorizar, terá que responder, se acontecer alguma coisa com esta mãe ou com a criança!

Foi feito o parto e tudo correu bem.

Discorrendo sobre o assunto, conosco, colocou uma questão muito delicada, que ocorre quando pensamos fazer o bem, o que entendemos como certo, e as coisas podem não sair de acordo como prevíamos.

- E se não fosse, realmente, o tempo de a criança nascer, como eu me sentiria? Como ficaria a minha consciência?

Maria da Glória Perez Delgado Sanches

Membro Correspondente da ACLAC – Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo, RJ.

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