Obrigado, Jô.

Entre tantas coisas que marcaram a minha adolescência e juventude foi assistir Jô Soares nas madrugadas. Sim, pois, apesar de ser Jô 11:30, no SBT, o programa começava bem mais tarde. E isso não tirava o brilhantismo do programa e muito menos do Jô. Eu o assistia somente às sextas feiras, devido ao colégio que me fazia acordar cedo, e todos os dias quando as férias chegavam. Era muito bom ver a inteligência, o carisma e o bom humor do Jô Soares. Além de ouvir as gargalhadas do Bira e os “ensinamentos do Derico” com suas respostas para assuntos aleatórios.

Como não lembrar do Jô entrando na “banheira do Gugu” e se molhando com a modelo, enquanto tentavam pegar o maior número de sabonetes ou entrevistando Ulisses Guimarães na ocasião do impeachment do ex-presidente Collor? Sim, até as entrevistas mais sérias viravam entretenimento.

Quando acontecia um papo “mais cabeça” com a turma sempre vinha em mente as entrevistas do programa do Jô, ou então, relembrávamos das piadas do início do programa.

Quando chegou à Globo, no ano 2000, não mudou muita coisa. Acrescentou-se a possibilidade de entrevistar alguns artistas da emissora e contar com o seu jornalismo.

Antes, Jô Soares conduziu diversos programas humorísticos de sucesso. Na TV Globo: Satiricom, Planeta dos Macacos e nos anos 80 o Viva o Gordo. Já no SBT, em 1988, além do Jô 11:30, estrelou, por um ano, o programa de humor Veja o Gordo.

Foram 28 anos de entrevistas, totalizando 14.426 conversas nas nossas madrugadas. Era sim um verdadeiro talk-show. Um programa que ficará em minha memória afetiva para sempre.

Siga em paz, Jô. É hora de mostrar o seu brilhantismo no mundo espiritual.

Obrigado por dividir conosco o seu talento!