A CASA DA TIA ROSA

A CASA DA TIA ROSA

A casa da tia Rosa Augusta ficava uns cem metros da casa do meu avô onde fui criado desde os dois anos de idade quando perdi minha mãe biológica: Donatila de Santiago Lima. A tia Rosa me queria muito bem talvez pelo motivo de eu ser um menino órfão criado sem mãe num lar de gente velha e pobre. A primeira viola que comprei eu guardava na casa da tia Rosa porque as minhas tias não queriam me ver contando repente e nem tocando viola. O sonho do meu povo era que eu me tornasse um doutor em qualquer coisa e menos ser cantador arte sem nenhum prestígio e de pouco resultado. A tia Marica não falava coisa alguma embora visse que aquilo não tinha nenhum futuro garantido para ninguém e sobretudo para mim um jovem estudioso e de futuro promissor e que amava a sabedoria e aprendia com muita facilidade. A casa da tia Rosa Augusta me servia de suporte para eu guardar a minha viola e cantar repente para o tio Raimundo Elias e seus dois filhos: Augusto e Ramiro. Eu fiz repente a primeira vez debaixo daquele teto humilde e de gente boa. Parece-me estar vendo a tia Rosa me ouvindo cantar repente ao som da viola plangente dando prova de um debutante poeta. O casarão da tia Rosa foi o meu cenário onde fiz versos contra a vontade do meu povo. A tia Rosa não achava nada demais em eu cantar repente, pois a arte do cantador para ela era muito bonita e honesta. Meu passado de vida artística foi bastante complicado, pois eu tinha que enfrentar o meu povoe às vezes até os próprios vizinhos. Foi neste humilde lar que iniciei a tocar viola e cantar meus improvisos novéis.

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 11/08/2022
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