Estádio Vazião

Quando brincamos que o estádio do Botafogo é o Vazião não é a toa. Chega a ser ridículo que um clássico entre dois times que nasceram em bairros vizinhos tenha mais cadeiras desocupadas do que torcedores.

A torcida do Flamengo, que como visitante lota o seu setor, dessa vez preferiu a televisão e os telões para acompanhar o jogo a pagar um absurdo para ficar espremida em um setor apenas. E mesmo assim, os bravos rubro-negros não precisaram de microfones e autofalantes para se sobreporem aos violentos botafoguenses iludidos por John Textor.

Vazio porque o Engenhão é longe, porque as organizadas de Flamengo e Botafogo sempre promovem a barbárie ou porque os ingressos aos visitantes custavam R$200,00? Desculpas que só servem para comprovar a pequenez de um clube que há muito era grande, outrora mediano e hoje, sobrevivente de memórias e de velhos ídolos.

Podemos pensar que a estratégia do alvinegro era afastar a torcida visitante, elevando o valor do ingresso, mas a torcida do próprio time também não compareceu para apoiar o time de Textor. Lamentável ver apenas 12 mil pagantes em um clássico do futebol carioca. A televisão até tentava disfarçar os espaços vazios, mas não adiantou muito, uma vez que mais da metade do estádio estava imaculado, deserto, como é possível ver no gol de Vidal, filmado por detrás da meta de Gatito.

A obrigação do Botafogo era lotar as arquibancadas com sua torcida... Mas onde está a tal torcida?