Reflexões republicanas e monarquistas

Reflexões republicanas e monarquistas

Afonso Arinos (1868 - 1916), foi aluno do curso de Direito no Largo São Francisco, no período da maior agitação estudantil em prol da República. Nessa tempo, todo jovem que se prezava era republicano e ateu, mas Afonso Arinos de Mello Franco, ao contrário até de seu irmão Afrânio, firmaria convicções monarquistas e católicas em definitivo.

Acreditava que na América Latina "O NOVO REGIME, INSTÁVEL DEVIDO À MUDANÇAS FREQUENTES DE GOVERNO, FAVORECERIA CAUDILHOS E GOLPES".

Outro pensamento que defendia, como monarquista, já por volta de 1906, e manifestada em carta endereçada a Martim Francisco Ribeiro de Andrada, que também perfilava mesmas convicções, em que criticava a passividade dos monarquistas brasileiros. Diz ali que esses deveriam decidir-se a disputar cargos eleitorais - o que aliás Martim Francisco fazia - , a exemplo de seus correligionários franceses, para poder intervir no debate parlamentar. Afirma que A ABSTENÇÃO SISTEMÁTICA É A NEGAÇÃO DA POLÍTICA, E QUE DEVIDO A ESSA TEIMOSIA TODOS ELES LOGO NÃO PASSARÃO DE UM "GRUPO OBSOLETO DE SEBASTIANISTAS"...

Mais de um século atrás, olhando com o “farol na popa”, vemos que nesse período ocorreu tudo o que ele preconizou para a América Latina: Caudilhos, ditadores, golpes, populismo de extremos obtusos, etc... Da mesma forma, e especialmente em relação ao Brasil, só nos últimos tempos vemos algum movimento monárquico através dos descendentes da família imperial.

A história registra todos os descalabros que vemos atualmente, em comicios, manifestações e um completo desprezo pelo significado das festas pátrias, os esforços para dividir a nação entre eles x nós, e a destruição dos melhores valores sociais que se vêm premidos nas melhores intenções de manter os princípios de união do povo em prol de um desenvolvimento sustentável que nos desse a graça da verdadeira ordem e progresso, que tremula nas bandeiras vilipendiadas nas mãos de gente que as fazem tremular sem saber sequer se amanhã terão o que dar de comer aos seus filhos, levados por loucos que desprezam a vida de seus semelhantes, usando-os para seus sórdidos propósitos.

Assim vejo... extremos políticos em confronto que nada apresentam como planos futuros para levar melhor conforto social para os cidadãos.

O que esperar disso não sei, e talvez sequer tenha tempo de ver a pujança sonhada acontecendo.

Resta me conformar e aceitar: Afonso Arinos tinha razão... Muita razão... Que visão!!!