Mais um dia ...

Me declaro culpado, sem nem mesmo saber ao certo se poderia ser

absolvido, ter o perdão, busco enfim uma forma, uma só

razão pra tentar entender o que motivou, o que sentenciou,

isso sentenciou é a palavra certa.

Amor senti, sinto e sentirei, não importa o que digam ou se

riem, que zombem, que tentem enfim, acabar com essa

obra de Deus.

Sim obra de Deus, porque acima de tudo, até que possa

acreditar que o que fiz, não tinha sentido algum,

vou me penitenciar por toda vida, mas enfim somos

o que plantamos, e colhemos o que veio da semente.

Colhemos amor onde plantamos carinho, onde plantamos,

e cultivamos a paz, e assim espero, ai como espero, que esse

medo que esse nó na garganta feito gravata seja apenas algo

e acostume vez ou outra afrouche para melhor respirar,

dando assim novo alento, nova esperança, a esse cansado coração.

E de palavras em palavras, que se leia em todas elas que o amor

uma vez apenas acredite, é o que me mantém sóbrio, vivo.

Amor que corre pelas veias, que invade meu ser, que

me faz pensar dia e noite, noite e dia, será que sou e realmente fui

o culpado disso tudo, ou foram as circunstancias.

Realmente não sei e isso agora pouco importa, o que

realmente importa é que amanhã é novo dia e sempre um dia nunca é

igual a outro, cada dia tudo nasce, tudo se renova.

Cada dia uma nova vida, novas esperanças, novidades

acontecerão amanhã, exatamente amanhã.

Recordo-me dos tempos em que aspectos materiais

davam o tom de minha direção, hoje depois de muito

observar, percebi que nada, nada além do amor tem real valor

e que um dia, nada do que fomos terá sentido algum.

Justamente por nada levarmos em nossa mochila, a não ser

um pouco de sabedoria, adquirida a duras penas.

Li em vários textos, algo que realmente me mostraram, me

identificaram o que está por vir.

Algo desconhecido, mas não tenho mais medo, é chegada a hora e

nada mais me assusta como antes, não cultivei o medo dentro de mim

adquiri experiência e sei que o amor será meu único bem maior.

Roberto F Storti
Enviado por Roberto F Storti em 10/12/2007
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