Uma Mensagem de Esperança (CONFIA!)

Aqui tudo parece

Que era ainda construção

E já é ruína

Caetano Veloso, Fora da Ordem

Prestes a deixar mais um curso universitário. Este não é, em definitivo, o país da Educação. É o país do PASSADO. Dos Sonhos Impossíveis. (Eu me arrependo amargamente de ter votado no pinguço para evitar que o genocida continuasse no poder... O representante mor da Esquerdalha Mórbida, defensora dos criminosos etc. Fiz o L – de LESADO – e me arrependo, como de tantas outras merdas que já fiz na merda dessa vida...)

Este não é – não mesmo! – o país da Educação. Nem tem como ser. Estamos sem governo (na esfera municipal, estadual e federal) há décadas. Deixo o curso de Formação Pedagógica em Artes Visuais porque desisto de voltar a lecionar. Lecionar – por amor à Pedagogia? Para alunos que não deixam o smartphone? Para aborrecentes mimados que não aceitam nada apenas em nome de uma rebeldia sem causa, da contestação pela contestação? Deus do Céu! O sangue de Jesus tem Poder! Olhem o caso (mais um, Mermão! Mais um!) do assassino que matou não sei quantos naquela escola em SP... Um assassino de 13 anos de idade! Fosse na Inglaterra, pegaria uma cana braba! Nos EUA, quiçá fosse parar no corredor da morte! Daí vem uma meia dúzia de defensores dos "Direitos Humanos" e chamam a essas mórbidas crias de "vítimas da sociedade".

Voltando à questão de minha dissidência... Estou em outra, Xará. Estou em outra. Não interessa no que estou envolvido atualmente, mas que, tão cedo eu não devo mais investir em cursos universitários nem em pedagogia, isso é verdade. Porra, meu: nadar na areia? Ser professor num país sem educação? Num país formado em grande parte por pessoas que lutam contra a educação, Meu Rei/Minha Rainha? Cansei de ser enganado, Seu Zé/Dona Maria! CANSEI, ó Pá!

É a última ilusão e eu estou a conduzir seu funeral. Vá em Paz, ilusão intelectual! Esse país pode ser qualquer coisa. Menos um país sério e da educação.

Se eu puder pedir algo, peço-vos apenas que tentem compreender (compreender NÃO IMPLICA aceitar) meu ponto, minha razão. Não quero palmas, mas uma enorme procissão de silêncio enquanto eu conduzo esse rito fúnebre. Respeitem meu desabafo. A pessoa tem que ter culhões para admitir que já passou da hora de ir embora. BORA, MEU POVO! BOOORA!

(PANO)