As aventuras do docinho Baca na Cidade das Delícias

 

Aluu! Iterluarit kumoorn meus caros 23 fieis leitores e demais 36 que de quando em vez passam aqui pela minha confeitaria literária a fim de ler crônicas açucaradas. Ajuungila?

 

Mais perdido do que diabético na Fenadoce de Pelotas! Seria um bom ditado gáucho, não é mesmo? Pois então, quem conhece o Rio Grande do Sul sabe que lá não é apenas a terra do chimarrão, do churrasco e do vinho da Serra, mas também dos doces da cidade de Pelotas e de sua festa, a Fenadoce. E eu, um Baca, por lá, perdido ante a um ambiente gastronômico inóspito, tal qual um Dionísio sóbrio em Caxias do Sul, passando, igualmente, longe do vinho, ou um Priapo sem vigor.

 

Ah, Pelotas, a Cidade das Delícias. Por outro lado, um lugar ideal para um cara reconhecidamente gostoso como eu estar, mesmo que proibida pra mim. Olhar e não comer! Oh dor, oh vida! Mas não tema, com o Baca não há problema. A gente se vira como pode e, quem pode, pode, quem não pode se sacode. Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. Em Pelotas não temos as gringas de Caxias, mas a gaúcha é a gaúcha em qualquer lugar do mundo, de Xuxa à Gisele Bundschen, de Patrícia Poeta à Deyse Nunes, de Ieda Vargas à Martha Rocha, todas únicas, algumas até virando nome de doce: Já comeram Martha Rocha? Eu comia e adorava, antes de ser diabético. Tá, sei que ela é baiana, mas virou gaúcha só pra eu não perder a piada.

 

Posso falar dos doces de Pelotas, pois já os provei em tempos idos, mas não das pelotenses, das quais ignoro o sabor. Já das gringas de Caxias, ah, dessas posso falar com conhecimento de causa, pois fiz o maior sucesso com elas, tanto que me apelidaram de Braquinho do Gelo (branquinho é alusão ao doce, face à minha cútis branquíssima). E, como tuzes sabem, a Louise é gringa... Excelentes como os vinhos de lá! Os de Bento são melhores, mas com esse lance de trabalho escravo é bom não falar em Bento por hoje. O lance é que já estive na Fenadoce, em junho, com temperaturas que os gaúchos chamam de inverno e que, pra nós aqui de Charky City, são as máximas do verão. 

 

Não sei se é a melhor crônica para um Domingo de Ramos, mas é o que este Bacamarte, o Docinho de Charky City, tinha para o momento.

 

Qujanaq por terem dado uma passadinha por aqui hoje. Takuss"!

 

 

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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.



MAIS TEXTOS
 em:
http://charkycity.blogspot.com

(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina
Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".)

CARTA ABERTA aos meus caros 23 fieis leitores: 
https://www.recantodasletras.com.br/cartas/3403862

GLOSSÁRIO KALAALLISUT:
Aluu - Olá.
Iterluarit kumoorn - bom dia.
Inuugujaq - Boa tarde.
Ajuungila - Como estão?
Qujanaq - Obrigado.
Takuss' - Até mais.

Antônio Rollim Fernando de Braga Bacamarte

Antônio Bacamarte
Enviado por Antônio Bacamarte em 02/04/2023
Reeditado em 06/04/2023
Código do texto: T7754554
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