MORTE! O ENÍGMA...

Juca passa perto de um bar, ambiente movimentado, até um certo grau de fineza os frequentadores. Nesse bar viu seu amigo João, que estava bem empolgado tomando sua cervejinha, com uma atraente cachacinha de entrada, com toda intimidade que sempre teve com ele pergunta:

--- uai, João, você não havia parado de beber?

--- de fato dei uma parada por uns tempos, mas depois continuei. Vou contar passo a passo o que aconteceu: estava sentindo umas coisas estranhas, minha mulher enchia o saco, dizia sem parar:

--- precisa ir no médico, homem! Aí por um milagre consegue fazer você parar de beber.

Fui no médico, porque morrer não estava nos meus planos. A primeira consulta até que foi agradável, Dra Luciana, médica linda, amável, bem nova, depois da consulta, declara:

--- vou te encaminhar para um cardiologista, estou vendo umas coisinhas aqui e não vou me arriscar.

--- rapaz, fui no bendito cardiologista (continua João a sua explicação) Dr. Orlando, um profissional fino também, bem apanhado, uns quarenta e poucos anos, depois de uma detalhada examinada, lógico porque foi consulta paga, aliás bem paga. Depois de pensar por uns segundos me diz na cara, você bebe não é meu amigo?

--- bebo e gosto muito, Doutor. Pelo amor de Deus, diga só pra mim diminuir um pouco.

---vou ser sincero com você, se continuar a beber, vai morrer logo, mas isso é com você, se vai parar ou não. Vou te receitar alguns remédios.

--- com muito custo parei de beber, cada caminhada parecia que caminhava para um abismo, ficava mais tempo em casa, minha esposa toda contente dizia:

--- que bom! Você agora é outro homem, tem até mais tempo de passear com seu filho Joãozinho. Vou agradecer a esse médico que conseguiu fazer essa proeza.

--- mas que nada, comigo não estava muito bom, (continuava João) aquela sensação de estar num beco sem fundo. Teve um dia que tomei uma decisão, fui outra vez no cardiologista, dizer que estava novamente vendendo saúde, no corpo, só na cabeça que estava aquele reboliço, talvez ele me aliviava e dissesse pra novamente ir bebendo aqueles néctar dos deuses! Chegando no bendito consultório, a secretária estava arrumando uma imensa papelada, eu disse:

--- queria falar com o Doutor Orlando.

--- Doutor Orlando já faz alguns dias que faleceu

--- o coração parou?

--- lógico que parou ou você já se viu a pessoa morrer e o coração continuar vivendo.

--- feliz da vida, nem importando com a resposta brusca da secretária, novamente voltei a minha jornada em beber, uai se o médico que não bebia morreu primeiro do que eu voltei sim para o paraíso que se estendia na minha frente.

ASSUNTO INTRIGANTE SOBRE A MORTE

QUALQUER SEMELHANÇA COM O RELATADO É MERA COINCIDÊNCIA!...