DEIXANDO AS BICS DE LADO (BVIW)

 

Depois do advento do computador deixei de lado a minha bic  e nem mais “decreto”assino com ela, hoje  me utilizo de um teclado, que contém 97 teclas  e que tem até a capacidade de me censurar quando  escorrego no vernáculo.

Isto posto, deixando as bics de lado, o que me veio foi uma vontade danada, não de teclar uma crônica, mas  sim um poema que fale de saudade...  De amor... Mas, o que eu posso dizer? Como serei interpretada? Quintana  diz que poema não se interpreta. Maysa diz que saudade é uma coisa complicada pra se falar. Zeca Baleiro e Fagner indagam se tudo passa como se explica o amor que fica e  teima em não ir? Elba Ramalho reclama se o amor acabou então que devolva o coração para o outro ir embora.

Assim, não me interprete se eu escrever um poema falando de saudade, porque a que sinto  é uma saudade do nada  ; se falar de amor não passa de sonho meu ; se pedir o meu coração de volta, não tem quem me devolva e o meu ir embora não tem pra onde ir.

                       

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 09/05/2023
Reeditado em 09/05/2023
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