Ser feliz. Quem se habilita?

Você aí, que lê essa amadora escritora, corre também numa busca desenfreada e incessante atrás da tão sonhada felicidade? E, aonde ela está? Estará? Esteve? Já há teve algum dia? Ah meu Deus!!! quer sentí-la novamente? Calma, muita calma nessa hora.

O fato é que a felicidade é desprezada por uma "pá" de gente. Verdadeiramente. Sentir-se feliz, estar feliz, ter uma vida feliz, parece ser um "pecado", diante de tanta gente cheia de problemas, tanta pobreza, tanta desigualdade, e por aí vai... É mole? E eu aqui me sentindo absurdamente feliz!!! Culpa. Mas é verdade, as pessoas sentem-se culpadas por serem ou estarem felizes, ao ponto de sofrer o preconceito de parecer uma pessoa vazia, sem conteúdo. Felicidade alheia incomoda? Não deveria. Felicidade não deve agredir. E felicidade está muito além de fatores externos, como beleza, grana, e todo o aparato que compõe o Kit pré estabelecido, e assim convencionado. Felicidade tem muito a ver com consciência né? Consciência de que nada é tão fácil, mas também, clichê aí, não é tão difícil. Tem a ver com saber aprender com um passo mal dado, com um erro, com o próprio sofrimento. É também não ser tão exigente e severo consigo mesmo, e ainda e apesar de tudo isso, ter um prazer danado de bom de se estar vivo.

Aquele velho lugar comum, aonde meia dúzia de coisas e realizações, convencionadas, traziam a "felicidade', ficou pra trás. Ser feliz, muitas vezes não é tão importante, quanto ter uma vida interessante, e, se não seria ter uma vida interessante a tão famigerada "felicidade"?

Movimento, tropeçar, cair, levantar, cair mais uma vez, aprender, chorar com uma conquista, saber relacionar-se, não temer mudanças, encarar de peito aberto os erros cometidos como uma via de encontro a novas possibilidades, ousar, conhecer a humildade para ver que tudo deu errado, abandonar o barco e embarcar em outro. Ter tenacidade e coragem. Uma vida interessante é isso. É um tipo de vida feliz. Uma vida que valerá a pena constar na história que você irá contar aos seus netos, ou então guardar para si, na parede da memória, com a sensação nítida de: eu vivi. Fazer cada dia valer a pena, mesmo aqueles em que você considerou que passaram "batido". Afinal, você não veio à essa vida a passeio não é? Sinta o tilintar dos sininhos dentro de você. Tenha esse prazer. Dê-se esse prazer. Quase imperceptível muitas vezes. O prazer de se estar vivo. E faça acontecer!!!

Mariles da Costa Boschi
Enviado por Mariles da Costa Boschi em 18/12/2007
Código do texto: T783202