ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (76): Solitários e Inabaláveis.

É difícil para aqueles que desejam ser bem-vistos na igreja em que frequentam erguerem-se e proclamarem: "Não mais pagaremos o dízimo". Afinal, enfrentariam a discriminação, perderiam seus cargos e até mesmo seriam excluídos da comunhão da igreja, rotulados como indisciplinados. Essa é a triste realidade que muitas vezes nos impede de tomar decisões em conformidade com a Palavra de Deus, deixando-nos mergulhados em horas entorpecentes de intemperança social ou práticas ilusórias.

Por trás da fachada de conformidade, escondem-se escolhas questionáveis que contradizem os ensinamentos sagrados. Temos consciência de que o verdadeiro cristão deve permanecer sozinho, intrépido e inabalável, pois sua mente e coração estão cativos a Cristo, não se permitindo envolver em compromissos que não passam de meras covardias. Olhemos para trás, para os apóstolos que caminharam ao lado de Cristo, enfrentando a multidão, com exceção de um, e que pagaram o preço máximo pela sua fé.

Hoje, mais do que nunca, requer-se coragem moral para viver de acordo com os princípios que abraçamos. Chegará o momento em que teremos de permanecer firmes, mesmo que solitários, pela causa daquilo em que acreditamos. A citação sábia de Heppenstall ecoa em nosso coração: "Nos dias atuais, requer-se muita coragem moral para viver corretamente. Virá, sem dúvida, o tempo em que teremos de permanecer sozinhos pelo que cremos e a forma em que expressamos nossa crença."

Refletindo sobre os desafios que enfrentamos em nossos dias, sou levado a contemplar os sacrifícios dos primeiros seguidores de Cristo. Eles não escolheram o caminho fácil, mas decidiram enfrentar a adversidade e a perseguição em nome da verdade. Suas vidas foram testemunhos vivos de sua fé inabalável, um exemplo que nos inspira a permanecer fiéis em meio às pressões do mundo que nos cerca.

Assim como eles, precisamos nos libertar das amarras das aparências e das expectativas externas. Devemos nos posicionar com coragem e convicção, mesmo que isso signifique enfrentar o julgamento e a rejeição daqueles ao nosso redor. Pois é na solidão da convicção que descobrimos a verdadeira liberdade e a força para resistir às tentações que nos rodeiam.

Portanto, encorajo cada leitor a examinar sua própria jornada de fé. Questionem-se sobre as motivações por trás de suas ações e escolhas. Estejam dispostos a romper com a conformidade e a abraçar a verdade, mesmo que isso signifique caminhar sozinhos por um tempo. Pois é na firmeza de nossa convicção que encontramos a paz e a realização que só podem ser encontradas quando vivemos em plena obediência aos princípios divinos.

A mensagem que desejo transmitir é simples, mas impactante: escolhamos coragem em vez de covardia.