A PACIÊNCIA DO AGRICULTOR

Minha vista se perde na imensidão do plantio. Vejo ao longe uma faixa de terra sendo preparada, adubada e cultivada. São canteiros imensos onde são colocadas pequenas mudas que serão os futuros laranjais. Mais adiante vejo a semeadura do grão. Observo que o equipamento é moderno e altamente tecnológico.

O plantio é adequado a epoca, ao clima e a localidade.

Esse trabalho humano, muitas vezes ainda braçal, me leva a um momento de reflexão:

Mesmo com as mais modernas tecnologias e todo o desenvolvimento de maquinários, a natureza continua soberana fazendo com que o despertar da vida vegetal obedeça o seu tempo, não cabendo ao homem interferir nesse processo do qual ele passa a ser um espectador.

As reflexões continuam e percebo que nessa condição o agricultor, responsável pela condução de grande parte do trabalho até esse momento, necessita de toda gama de paciência no aguardo que a vida se manifeste.

Penso no tempo de espera e nos próximos passos que o semeador terá até obter o resultado de todo o trabalho investido.

Comparando com a vida nos grandes centros e na postura imediatista, tomada não só por nossos filhos, mas por nós mesmo por tantas vezes, não há como não admirar o entendimento do homem do campo, que com esse modo especial de ser demonstra o cuidado e o respeito com a vida e com o seu Criador.