PERDEU MANÉ - vale a pena ler

Ao pesquisar no Google, descobri que mané é um termo pejorativo, que significa: indivíduo sem capacidade, tolo, burro, paspalhão e, deduz-se, que, também seja; otário, babaca, idiota, pangó, imbecil, abestaiado e por aí vai.

O termo "perdeu mané" pode ser perfeitamente utilizado pelos clientes do botequim de "copo sujo" da esquina, por peladeiros dos campos de terra da várzea, por flanelinhas em um estacionamento com odor de urina, também podemos ouvir, isso, perfeitamente, em uma feira do rolo, se for dito na cracolândia, então, ninguém achará estranho, mas, um juiz, jamais diria um termo chulo desses, ainda mais, em se tratando de um ministro da suprema corte, deve ter havido algum engano ou foi ilusão de ótica.

Houve um tempo em que, era raro ver um um, somente ouvíamos falar de juiz em assuntos relacionados à tribunal, sobre os do STF, então, mais raro ainda, só em casos de extrema importância, relevância e nos casos que ultrapassavam a alçada dos tribunais Inferiores, hoje em dia, a coisa evoluiu, esses senhores se tornaram pessoas altamente midiáticas, dão entrevistas, tiram selfies, aparecem dançando em eventos, viajam como importantes palestrantes ao exterior e são vistos e filmados em poses de verdadeiros "popstars."

Diante de toda essa exposição e badalação, algumas sentenças se inverteram, ao invés de julgarem, também passaram a ser julgados por suas condutas, toda a formalidade pronunciada na fala de um magistrado se esvaiu em um infeliz "perdeu mané," se esvaiu também, parte do prestígio, em virtude desse e de outros comportamentos considerados não aceitáveis a estes senhores que, em tese, deveriam ter condutas exemplares e irrepreensíveis.

Até suponho que um magistrado desse nível, de elevado gabarito profissional, do alto escalão do judiciário, até acredito que, alguém assim, possa dizer e se rebaixar a termos chulos, mas, estando ele - de folga - em um momentos de descontração e lazer, ora bebendo com os amigos em um botequim copo sujo na esquina, jogando futebol em um campo de terra da várzea, papeando com um flanelinha num estacionamento com odor de urina, ou, até mesmo, ao passarem em uma cracolândia, porque não? A rua é pública e, também, são a favor da legalização das drogas, podem perfeitamente, estando nesses locais, dizerem em alto e bom tom, "PERDEU MANÉ." Jamais dirão isso, em uma viagem em que estejam representando nosso país, afinal, o que pensarão de nós, que somos manés?

Meses atrás, o ministro Luiz Roberto Barroso, que tanto julgou, dessa vez foi julgado e condenado por uma alta corte de "manés," os juízes que compunham este tribunal, bateram o martelo sem dó e decidiram por maioria absoluta - quase unanimidade - que Barroso não seria digno de frequentar determinado voo, a ponte aérea Miami- Brasília estava lotada de ilustríssimos"manezinhos tupiniquins."