Os parceiros e a bebedeira

Este texto é uma justificativa para o porre que tomei na última... Porcaria, não lembro nem o dia mais. Bom, não interessa. Na verdade nem sei por que preciso justificar a bebedeira, não me arrependi. Até teve arrependimento, mas por uma coisa que não fiz e que não vem ao caso comentar.

Nossa, deve ser entusiasmante ler algo tão esclarecedor! Vou clarear e colocar mais informações nas próximas linhas. Tudo começou com uma vontade muito grande de tomar cerveja que surgiu antes do feriado de Natal, há poucos dias. Eu e um ex-colega - atual amigão, parceiro daqueles de fé - tínhamos combinado de entornar algumas Bohêmias pelo centro da cidade e retomar os velhos assuntos deixados para trás. Lógico, também queríamos ver umas mulheres circulando pela rua, afinal é verão e somos filhos de Deus. Se bem que lembro de uma senhora dizer que beber era coisa do demo, mas não concordo muito. Deletem esta análise!

Lógico que querer não é poder, acabou chovendo e maldizemos a nossa má sorte. No dia seguinte, que não lembro mesmo qual era, mas acredito que tenha sido uma terça-feira, incrivelmente saí cedo do trabalho. Mais incrível ainda, eu não havia comido nada aquele dia. Anotem isso, pois será importante analisar como desculpa depois.

Então lá estávamos, no centro da cidade, eu e dois caras que tenho um baita respeito, mais a mulher de um deles. Conversamos sobre várias coisas enquanto preservávamos os mesmos copos (consciência ambiental) para abrigar as loiras geladas que sorvíamos no entardecer. Perto das 23h, nosso amigo casado já havia ido embora, e também uma menina que eu não tive coragem de dar um oi (ela estava a poucos metros e eu ali com uma cara de bêbado, parado esperando qualquer inspiração).

O grande diferencial deste dia, além do encontro com velhos amigos, foi a bebedeira. Claro que isto é uma coisa normal, o David Coimbra escreve direto sobre isso. No entanto, este trago em si foi um marco histórico na minha vida. Pela primeira vez, fiquei tão mal que tive de ser literalmente carregado para casa pelos meus camaradas. Tomei um Engov e dormi maravilhosamente bem, mas aprendi que não dá para ir baixando cerveja por horas estando em jejum. O que valeu foi perceber que até quando não raciocinava mais, e nem conseguia dar um passo, tinha meus amigos (um pouco bêbados também) ao meu lado para não me deixar passar vergonha sozinho.