Inventário de mainha

Manhã de hoje: 5 de dezembro de 2023. Intrigante tarefa de ajuntar todas as provas, imagine que situação, ter que provar várias vezes que minha mãe morreu de fato, que foi muito doloroso guardar na memória o dia 8 de março de 2015. Mas, ainda hoje, é necessário, após abertura do inventário ( em 2019), além disso, provar que não existe testamento, que os bens ou não bens pertenciam ou não a falecida, provar que

não existem débitos em nome da falecida mãe. E por último, solicitaram uma Certidão de casamento do meu pai no civil, com a atual companheira, que, só para esclarecer, não vivia mais com ela, desde que eu compreendi o significado da falta de um pai. E já estou com 57 anos. E ele já espera também, a partida deste mundo, sofre com uma doença em estado terminal. Como recorrer a ele para pedi o documento? Como exigir da companheira dele o documento, se vivencia os trâmites de um testamento ou doações de bens, e as preocupações com o estado dele, e não muito animador? Ainda assim, solicitei , mas, não tive êxito. E depois de idas e vindas, mais uma vez o cartório atendeu meu pedido e vai providenciar a segunda via da certidão de casamento dele.

Enquanto aguardava o transporte, na parte externa do cartório , atenciosamente observei o movimento de cenas de um casamento. Ironia do destino ou prova de que a vida tem começo, meio e um novo recomeço de vidas e vidas? Um dia, minha mãe também casou, e não foi no civil, a celebração aconteceu na Igreja da Matriz, Senhora Santana, onde as bençãos pela união deles, foram realizadas, eram jovens , com idade de 23 e 26 anos. Mas, no cartório meu pai se uniu a nova relação, depois de anos de convivência .

Observações, enquanto aguardava o UBER após pedido da Certidão de casamento de meu pai:

O casamento

Um homem vestido com um paletó preto surrado , calça azul desbotada, fora outros detalhes, sapato preto com detalhe branco combinando com a camisa branca, caminhava insistentemente do portão para a área de espera. Até que o mistério daquele instante, parou na frente do cartório: uma senhora desce do carro, junto com mais duas senhoras e duas crianças, além de uma jovem vestida de noiva. A primeira senhora, ainda com a sandália desamarrada, caminhava com muita dificuldade, até conseguir sentar e fechar a sandália. Os olhares, deslocaram da noiva para esta senhora, que pela evolução da história, percebi era a mãe da noiva. Depois da noiva, bem vestida, maquiada, buquê branco e lilás, uma mulher desce do carro com uma menina no colo, vestido combinando com o buquê da noiva. Seria a daminha?

A cerimônia no civil nem havia acontecido, ainda , mas as fotos foram sendo registradas pelo celular, enquanto um fotógrafo aguardava ansioso pra vê se seria contratado, mas , não foi...rs

O segurança do cartório foi convidado para ser testemunha e registrar as fotos. Fiquei ali observando e não querendo perder nenhum detalhe daquele momento que me trazia tantas outras histórias na memória. A noiva séria, e o noivo todo cheio de graça, foi devidamente advertido pela sogra que deveria olhar para a máquina ( aparelho celular) e ele simplesmente disse, eu olho pra ela, minha mulher, porém, a noiva continuou ali séria, distraída, ... as alianças foram entregues ao noivo, perdi a parte de quem entregou, pois o meu Uber chegou.... Adeus!!!

Leah Ribeiro Pinheiro
Enviado por Leah Ribeiro Pinheiro em 05/12/2023
Reeditado em 15/12/2023
Código do texto: T7947592
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