Sob a sombra pintada: Uma tarde desdobrada na praça.
Naquela tarde que se desdobrava, o sol derramava seus raios dourados que dançavam entre as folhas das árvores, desenhando luz e sombras na superfície do chão. Decidi entregar-me ao simples prazer de sentar num banco de madeira desgastada, onde histórias se entrelaçam de maneira efêmera.
Observava o vai e vem das pessoas, cada uma imersa em sua própria narrativa urbana. Ali o tempo tinha a gentileza de se desdobrar lentamente, enquanto eu me entregava ao deleite de não fazer nada.
Sem compromissos, nem pressa, sentia a brisa suave acariciar meu rosto, como se o vento sussurrasse segredos do cotidiano. Sorrisos ocasionais e olhares distintos revelavam que, na simplicidade do sentar, descobrimos uma pausa sagrada da rotina frenética.
O banco tornou-se meu refúgio, uma ilha tranquila no oceano agitado da vida urbana. Nas entrelinhas do tempo, percebi que a magia do nada não fazer transformava aquele instante em algo extraordinário.
Na praça, onde as horas flutuavam em harmonia, encontrei o luxo de apreciar a vida sem a urgência do próximo passo.