Portas em mim.

Cacos estilhaçados por toda parte, pedaços de mim espalhados mais uma vez...

Sinto que estou perdendo a lucidez.

A sensação de impotência e dor preenche toda minha alma, quando a gente desarma corre o risco de se machucar.

Você me fere e parece não se importar.

Em contra partida consegue calcular todo percurso, frio e calculista assim o defino.

A cada porta que você fecha sem olhar pra trás, abre uma infinidade de portas em mim e me ensina a viver sem você.

Um dia acreditei que as dores um do outro seriam compartilhadas e sentidas igualmente, caramba como as pessoas são egoístas.

Aos poucos os cacos vão se juntando e refletindo-o, trincado, sem reparo e inútil.

Despejo-lhe em palavras, porque esse sentimento me sufoca, mais uma vez eu arranquei a casca do ferimento que você causou.

Mas dessa vez vou deixar sangrar e encerrar esse ciclo ridículo de sofrimento.

Eu sou as estrelas do céu que nascem através do caos, sou as gotículas dos oceanos, profundos demais para navegantes inexperientes.

Sou tudo oque você me fez esquecer e desacreditar que era.

EU SOU IMENSA E PROFUNDA , JÁ VOCÊ PEQUENO DEMAIS PRA MIM.

Textos cruéis e necessários...